As corporações de bombeiros do distrito de Bragança mostram-se insatisfeitas com o tempo de espera a que as suas ambulâncias estão sujeitas quando se deslocam para o Centro Hospitalar de Nordeste (CHN). Há ambulâncias que chegam a esperar seis horas e por vezes mais, para regressarem aos quartéis, segundo alguns responsáveis ouvidos pelo JN.

As queixas mais frequentes estão relacionadas com o atraso verificado na entrega das macas -equipamento indispensável ao funcionamento das ambulâncias.

Outra das queixas diz respeito à espera que os bombeiros estão sujeitos ao transportar doentes que têm de ser submetidos a certos exames complementares de diagnóstico ou consulta de especialidade.

Na óptica de alguns comandantes de bombeiros, a situação piorou desde o encerramento de alguns Serviços de Atendimento Permanente (SAP). O tempo de espera aumenta consoante a distância a que fica a corporação de bombeiros das unidades de saúde do CHN. A queixa é maior da parte dos bombeiros do sul do distrito e planalto mirandês.

\"Nós temos grandes dificuldades em repor as ambulâncias no quartel devido aos longos períodos de espera. Outra das dificuldades é arranjar motoristas voluntários, situação que, para quem tem horários a cumprir nos seus locais de trabalho, não é muito abonatória, já que surgem alguns problemas. Temos casos em que os motoristas regressaram sem a maca devido ao longo período de espera. No que toca aos serviços nocturnos a situação agrava-se,\" disse ao JN, Hirondino João, comandante do Bombeiros de Miranda do Douro.

O facto de haver um número insuficiente de ambulâncias nos quartéis vem aumentar as preocupações dos dirigentes associativos, já que são viaturas imprescindíveis para o transporte de doentes urgentes em concelhos afastados dos hospitais.

No entanto há vozes que garantem \"não haver macas suficientes no CHN\" para fazer a transferência dos doentes e por esse motivo aproveitam as dos bombeiros.

\"Com o encerramento de alguns serviços como é o caso dos SAP ou a maternidade em Mirandela, o Hospital de Bragança está a rebentar pelas costuras, sendo aqui as esperas mais longas, segundo o relato de alguns comandantes dos corpos de bombeiros,\" argumentou José Campos, secretário técnico da Federação dos Bombeiros do distrito de Bragança.

Estes são apenas alguns relatos de quem, no dia a dia, se confronta com a escassez de meios operacionais com vista à melhoria das condições de saúde das populações.

O JN contactou com o director clínico do CHN, que disse não ter conhecimento verbal ou escrito sobre esta matéria. No entanto, Sampaio da Veiga já garantiu que se vai inteirar de toda a situação.



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