Passar para o conteúdo principal
Diário de Trás-os-Montes
Montes de Notícias
  • Início
  • Bragança
    • Alfândega da Fé
    • Bragança
    • Carrazeda de Ansiães
    • Freixo de Espada à Cinta
    • Macedo de Cavaleiros
    • Miranda do Douro
    • Mirandela
    • Mogadouro
    • Torre de Moncorvo
    • Vila Flor
    • Vimioso
    • Vinhais
  • Vila Real
    • Alijó
    • Boticas
    • Chaves
    • Mesão Frio
    • Mondim de Basto
    • Montalegre
    • Murça
    • Ribeira de Pena
    • Sabrosa
    • St.ª Marta Penaguião
    • Peso da Régua
    • Valpaços
    • Vila Pouca de Aguiar
    • Vila Real
  • Reportagens
  • Entrevistas
  • Fotogalerias
  • Vídeos
  • Opinião
  1. Início

“Uma gestão internacional que faz todo o sentido”

Retrato de Moreira
Nuno Moreira

“Uma gestão internacional que faz todo o sentido”

Não podemos esquecer a importância que a água tem como elemento do qual depende a nossa vida, os recursos que fornece nas suas maiores concentrações (rios e mares), no desenvolvimento e garantia das atividades agrícolas, como fonte de energia evidenciada no aproveitamento das nossas barragens. Sabemos bem, como os seus ciclos contribuem para o equilíbrio do meio ambiente e com todas as alterações climáticas, em especial com o aquecimento global, é sem duvida um dos elementos para o qual deveremos focar a nossa atenção, de forma a que a nossa relação contribua positivamente para a sua preservação e que em períodos de seca severa, que serão cada vez mais frequentes, os efeitos negativos se façam ressentir de uma forma menor.

Um dos grandes “veículos” deste elemento precioso, presente de forma clara em Bragança, é sem dúvida o Rio Douro, mas o facto de nascer em Espanha, nos picos da “Serra de Urbion“, deveria exigir uma preocupação maior pelos diferentes governos, pelos Portugueses e, em especial, pelos que vivem nas regiões que atravessa, desde que entra em Portugal  até a sua foz, junto às cidades do Porto e Vila Nova de Gaia.

Ninguém duvida que os “Rios” e os seus afluentes são importantes motores do desenvolvimento económico regional, cruciais para a subsistência, para a preservação da biodiversidade e, para o suporte das atividades agrícolas.

Não é apenas o Rio Douro, mas a verdade é que os principais rios que atravessam Portugal, nascem em Espanha e, perante um sério problema que resulta do aquecimento global, os acordos existentes da sua gestão entre Portugal e Espanha poderão não  ser suficientes, numa situação de emergência climática para nos salvaguardar desta realidade.

É uma gestão que importa em especial a Portugal, porque as áreas das bacias hidrográficas encontram-se 22% em Portugal e 88% em território Espanhol; já em 2000 a União Europeia publicou um Decreto (Diretiva Quadro da Água), no qual estabelecia um conjunto de princípios e regras para os Países, que partilhando rios transfronteiriços, deveriam adotar para salvaguardar a cooperação, a coordenação, a  proteção e gestão dos caudais e recursos dos Rios partilhados, a partir do qual, se estabeleceram vários “Planos de Gestão de Bacias Hidrográficas”, que contribuíram sem dúvida para a cooperação entre os dois países, apoiada pela realização de conferencias, colóquios e diferentes seminários. Até 2012, foi possível a conclusão de um 1º Ciclo de planeamento, entre Portugal e o Reino de Espanha, mais vocacionado para a cooperação, do que, propiamente para a gestão partilhada dos caudais e dos recursos dos rios transfronteiriços.              

Sabemos das boas relações institucionais entre Portugal e Espanha, mas sobre esta matéria, o que também sabemos, é da complexidade administrativa, com a multiplicação de entidades e competências que dificultam a criação de um “Único Plano de Gestão”, que continua em falta, para o qual, é fundamental, para além de uma boa cooperação, a vontade politica, o sentido de compromisso e um sólido quadro jurídico.

Um plano de gestão implicará também acordos internacionais, mas certamente o mais difícil será a distribuição justa e equitativa dos benefícios da partilha das bacias hidrográficas.

Há muito trabalho a ser feito, mas necessariamente terá de ser acrescentada à discussão as questões relacionadas com o aquecimento global e a escassez da água dai resultante, a poluição e, também, a possibilidade de um conflito entre Portugal e Espanha.

Poderia ser uma solução de compromisso, entre Portugal e Espanha, acordar-se uma “Gestão Internacional dos Rios “, neutra e independente, que em caso de emergência climática ou de conflito, tivesse os poderes necessários para a resolução dos problemas, sem que o fator de ser o Pais onde nascem os Rios ou o País maior, garantisse a justiça dos planos acordados.
 

Partilhar
Facebook Twitter

+ Crónicas


“Nuno Moreira, um homem essencialmente bom”
Publicada em: 22/12/2020 - 14:36
“Todas as vidas contam“
Publicada em: 18/06/2020 - 15:00
“Uma tradição, um património de toda a humanidade”
Publicada em: 17/12/2019 - 11:01
"Uma conversa com Bragança"
Publicada em: 08/09/2019 - 22:04
“A festa do Divino Senhor do Calvário em Grijó”
Publicada em: 04/09/2019 - 20:21
“Cuidar também de quem cuida”
Publicada em: 25/08/2019 - 23:04
“Os jovens soldados das oportunidades”
Publicada em: 19/08/2019 - 11:50
“Uma gestão internacional que faz todo o sentido”
Publicada em: 11/08/2019 - 23:01
“Um dia as notícias serão diferentes”
Publicada em: 04/08/2019 - 23:16
“[email protected]”
Publicada em: 30/07/2019 - 20:58
  • 1
  • 2
  • seguinte ›
  • última »

Opinião

Retrato de chrys
Chrys Chrystello
Podemos devolver 2021? Também veio com defeito 
20/01/2021
Retrato de brito
João Carlos Brito
“Do rio Canhona pr’a lá, manda quem lá está!”
20/01/2021
Retrato de parafita
Alexandre Parafita
Um fraco Rei
19/01/2021
Retrato de henrique
Henrique Ferreira
Morreremos da doença e da cura?
17/01/2021

+ Vistas (últimos 15 dias)

Mulher de 70 anos encontrada morta dentro de uma lagoa em Cércio
// Miranda do Douro
Atleta de Mirandela cai inanimado e morre durante jogo de Basquetebol
// Mirandela
PSP investiga assalto violento a casal de comerciantes em Chaves
// Chaves
O distrito de Bragança é o que apresenta o maior crescimento: 79%.
// Trás-os-montes
Homem de 64 anos morre em acidente com trator em Vila Real
// Vila Real

Publicidade Google

CRONISTAS

Retrato de fernando
Fernando Campos Gouveia
Retrato de igreja
Manuel Igreja
Retrato de henrique
Henrique Ferreira
Retrato de Joao
João Pedro Baptista
Retrato de brito
João Carlos Brito
Retrato de Angela
Ângela Bruce
Retrato de Paulo
Paulo Fidalgo
Retrato de luis
Luis Ferreira
Retrato de leon
José Leon Machado
Retrato de Nuno
Nuno Magalhães
Retrato de chrys
Chrys Chrystello
Retrato de magda
Magda Borges
Para sugestões, informações ou recomendações: [email protected]

Formulário de pesquisa

Diário de Trás-os-Montes

© Diario de Trás-os-Montes (Desde 1999)

Proibida qualquer cópia não previamente autorizada.



  • Ficha Técnica
  • Estatuto Editorial
  • Contactos
  • Login


Bragança

  • Alfândega da Fé
  • Bragança
  • Carrazeda de Ansiães
  • Freixo de Espada à Cinta
  • Macedo de Cavaleiros
  • Miranda do Douro
  • Mirandela
  • Mogadouro
  • Torre de Moncorvo
  • Vila Flor
  • Vimioso
  • Vinhais

Vila Real

  • Alijó
  • Boticas
  • Chaves
  • Mesão Frio
  • Mondim de Basto
  • Montalegre
  • Murça
  • Peso da Régua
  • Ribeira de Pena
  • Sabrosa
  • St.ª Marta Penaguião
  • Valpaços
  • Vila Pouca de Aguiar
  • Vila Real

Secções

  • Douro
  • Trás-os-Montes
  • Livros
  • Mirandês
  • Emigração
  • Diversos
© Diário de Trás-os-Montes