"Uma conversa com Bragança"

               Foi com muito gosto que me foi possível participar numa conversa de um canal televisivo, juntamente com outros convidados, de modo a dar a conhecer melhor as ideias que defendo neste projeto, que é o desafio de ser candidato, às pessoas que vivem e trabalham no Distrito de Bragança e também paras as que aí pretendem fixar-se.

                A verdade é que acredito, a par com a globalização, com o apoio das novas tecnologias, com a proximidade a Espanha e, portanto, com a Europa, com o próprio território e o meio ambiente, mais preservado que os grandes centros urbanos, sem dúvida com o contributo secular dos agricultores e de quem se dedica a este setor, que é possível olhar para esta interioridade, não como um fator negativo, mas como um instrumento para tornar o Distrito de Bragança o melhor destino para se viver e trabalhar, ou até investir.

                As respostas existem, com base nos dados que dispomos, desde que a vontade politica, de uma vez por todas, coloque verdadeiramente as pessoas no centro das suas preocupações, existindo um “Estado” que nos agregue e nos inclua, o que não tem acontecido, sobretudo quando somos sujeitos a uma carga fiscal galopante e a um dívida publica que não para de aumentar.

                Quem  nos governa e nos representa através da democracia, tem o dever de agir e  perceber que antes do Estado já existia o individuo  e  com ele a família.
                Existem diversos estudos e fontes,  relativos aos últimos 20 anos do Distrito de Bragança, como por exemplo o IC (índice de conforto), o IEV (índice de esperança de vida), o IPIB (índice do produto interno bruto), ou o ICES (índice de crescimento económico e social), que indicam valores de crescimento positivo, utilizados como um trunfo de quem exerce o poder local e por quem está no Governo, sem que os mesmo índices resultem na fixação de pessoas, ou no aumento do numero de nascimentos, ou na fixação de mais empresas e emprego de qualidade, pois a verdade, é que o Distrito tem perdido uma média de 5,7% de pessoas por década, e o índice de nascimentos continua muito baixo, ao mesmo tempo que o índice de envelhecimento chega aos 100%, assistindo-se a um despovoamento progressivo .

                Fazendo esta relação, é natural que as respostas devem ser dirigidas às pessoas, porque sem as pessoas não existem famílias nem empresas, sendo que as medidas devem visar o apoio à natalidade e às famílias, enquanto se debruçam sobre a implementação de um verdadeiro “Estatuto de Beneficio Fiscal” para o interior.
                Lembro que o CDS-PP foi o 1º partido que, há mais de 10 anos, apresentou um relatório apelidado de “Natalidade: um desafio Português”, conseguindo trazer para a agenda política a problemática da natalidade. Temos também de ter em conta que na anterior legislatura apresentou um pacote legislativo de apoio à “Família e à Natalidade” com 35 medidas de incentivo que foram chumbadas em sede parlamentar.

                No “ Estatuto de Beneficio Fiscal para o Interior” pretendemos que o mesmo seja um estímulo reduzindo a presença do “Estado Extrativo” (que evapora com os impostos o esforço do nosso trabalho e a nossa liberdade) a fim de aumentar o número de individuos  que decidem ficar, ao mesmo tempo que se pretende estimular a fixação de novas empresas e premiar o esforço das já existentes, cujos empresários, apesar da conjuntura “socializante”, se mantêm no interior, sendo estes alvos da “Derrama Máxima”.

                É certo que os investimentos são importantes, mas para além da velocidade lenta resultante em grande parte da manutenção da alternância de interesses de um centro politico, que já não espelha os anseios das populações, ficou bem claro a incapacidade dos outros convidados em olhar para a importância de encontrar as soluções na conjugação de uma parceria entre o público, o privado e o setor social para o desenvolvimento da região.

                Só esta conjugação é que poderá verdadeiramente inverter de forma positiva a interioridade que caracteriza o Distrito de Bragança, numa opção que faça sentido e, garanta, não uma alternância de interesses mas sim uma verdadeira alternativa.

Nuno Moreira
Candidato pelo CDS-PP pelo círculo eleitoral de Bragança.


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