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O presente de Natal

Retrato de luis
Luis Ferreira

O presente de Natal

Ao longo de séculos, pela época de Natal, tem sido habitual a escolha de presentes que, a exemplo do que os Reis Magos fizeram, se entregam a quem nos merece mais consideração. As crianças são as primeiras a escolher os seus presentes que, na sua inocência imberbe, pensam ser o Pai Natal que, num gesto acrobático, as virá distribuir descendo pela chaminé de cada casa mais afortunada. A escolha é tanto mais difícil quanto maiores são as possibilidades da existência de presentes tão variados e diferentes. Nem sempre os presentes chegam de acordo com a carta que se enviou ao Pai Natal. Quando isso acontece a desilusão é total e devastadora.
Não sei se o governo enviou ou não alguma carta ao Pai Natal e se escolheu um presente especial que viesse satisfazer a sua opção e diminuir as suas preocupações. Se o fez, a carta não chegou ao destino e se chegou, o presente foi trocado.
Na verdade, não acredito que governo algum fosse capaz de pedir ao Pai Natal que lhe desse um chumbo nas pretensões legislativas, como presente de Natal. Também não acredito que o Pai Natal fosse tão insensível que lhe trouxesse tão grande amargo de boca numa altura em que os bombons são presentes tão caros e doces, destinados a adoçar as amarguras do dia-a-dia.
Claro que não podemos culpar o Pai Natal desta troca de presentes, se é que realmente houve alguma troca. Possivelmente nem o governo se lembrou de enviar a tal carta ao Papai Noel a solicitar algum presente. Certo é que o governo recebeu um presente de Natal muito amargo e não deve haver bombons que cheguem para adoçar as bocas desgostosas. Também não podemos querer transformar o Tribunal Constitucional em Pai Natal, pois não? Claro!
Seja como for, o chumbo da convergência das pensões, não foi nenhuma novidade para Passos Coelho. Ele sabia bem que tal legislação roçava largamente as raias da inconstitucionalidade e talvez por isso mesmo retirou tal assunto do Orçamento de Estado. Assim não haveria conflitos diretos com o Orçamento e o eventual chumbo da convergência de pensões não afectaria o próprio Orçamento. Pelo menos para já!
Tal como acontece com as crianças que recebem um presente de que não gostam ou não pediram, o mesmo se passa com o governo. Ressentido, amargurado, desgostoso e deveras sentido com quem escolheu tal presente, resta-lhe não o devolver e com ele brincar tanto quanto for capaz e se a tal se atrever. Não poderá dizer como uma garota que conheço disse ao pai depois de receber pelo Natal uma boneca que não tinha pedido: “Não foi isto que pedi. Agora diz ao Pai Natal que a venha buscar! Seria bom que assim pudesse ser!
E se o Pai Natal não foi trocar a boneca a esta criança, também o Tribunal Constitucional não trocará o chumbo que deu governo. As consequências é que serão diferentes. De facto, Passos Coelho terá de conviver com o presente envenenado que lhe foi entregue neste Natal e, para que nada de muito mais grave aconteça, terá de substituir esta prenda por outra e agora bem pode pedir ajuda ao Pai Natal que em vez de lhe trazer outro presente o presenteie com ideias luminosas que não causem tantos amargos de boca aos portugueses.
O resultado disto tudo poderia ter sido bem pior. De facto, os mercados internacionais não reagiram a este chumbo e os juros até desceram um pouco. Até parece que eles compreenderam que estamos a atravessar uma fase melhor e, mesmo porque é Natal, não poderíamos receber mais prendas más vindas do exterior. Bem chegam as que cá por dentro se vão entregando!
Até aos Reis, recebem-se presentes. É tempo de Boas Festas. É tempo de o Pai Natal satisfazer os mais exigentes. Os portugueses gostariam de receber bons presentes nesta época natalícia, sem dúvida alguma. Se as crianças acreditam que é o Pai Natal que dá os presentes, os portugueses mais crescidos têm a certeza que é o primeiro-ministro que os dá e de uma forma nada agradável! E se Passos Coelho esperava que o Pai Natal lhe trouxesse um presente agradável para distribuir pelos portugueses todos, enganou-se. E agora? Agora resta-nos esperar que o senhor primeiro-ministro não se arme em Pai Natal ou em algum Rei Mago do Ocidente e nos presenteie com o infortúnio dos desvalidos. Para pior, já basta assim!

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