O espaço museológico, que foi projectado por Álvaro Siza Vieira e representa um investimento de 7,7 milhões de euros, é inaugurado no início do mês de Julho.

Os arquitectos Siza Vieira e Souto Moura, os dois Pritzker portugueses, juntam-se domingo, em Chaves, para uma conferência que antecede a inauguração oficial do Museu de Arte Contemporânea Nadir Afonso, anunciou a autarquia local.

O espaço museológico, que foi projectado por Álvaro Siza Vieira e representa um investimento de 7,7 milhões de euros, é inaugurado no início do mês de Julho, numa cerimónia para a qual foi convidado o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

É neste museu, que homenageia o pintor Nadir Afonso, que se vai dar início ao ciclo de conferências "Chaves como destino". A primeira conferência decorre este domingo e intitula-se "Museu Nadir Afonso: Elementos icónicos que o caracterizam — Nadir e Siza".

Além dos dois arquitectos, que conquistaram os prémios de arquitectura Pritzker, o evento contará com a participação de Carlos Magno, jornalista e presidente da Entidade Reguladora para a Comunicação Social.

O segundo encontro realiza-se no dia 20 de Agosto e tem como tema "Os castros no concelho de Chaves: a imponência da civilização pré-romana no concelho de Chaves", inserindo-se no programa da Festa dos Povos, e conta com a participação do professor Armando Coelho, da Universidade de Letras da Universidade do Porto, e do historiador local José Carvalho Martins. As restantes conferências decorrerão até Junho de 2017.

O presidente da Câmara de Chaves, António Cabeleira, já disse que o Museu de Arte Contemporânea Nadir Afonso colocará a cidade no roteiro mundial da arte contemporânea e será o "segundo ícone" de Chaves, depois da ponte romana construída há cerca de 2000 anos.

A exposição inaugural do espaço versa sobre a vida e a obra do pintor e arquitecto que nasceu em Chaves, chegou a trabalhar com os arquitectos Le Corbusier e Óscar Niemeyer e morreu aos 93 anos. O imóvel dispõe de salas de exposição, auditório, biblioteca, arquivo, espaços para o espólio do artista e um "atelier", que estará disponível para acolher temporariamente artistas provenientes de todo o mundo.

As obras de construção do museu, situado numa das margens do rio Tâmega começaram em 2011. Entre algumas questões que levaram à demora da finalização do projecto, o autarca destacou os "longos meses" que se esteve à espera da certificação energética do espaço, considerando que se tratou de uma "demora absolutamente inconcebível".
Lusa



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