Oempreiteiro que adjudicou a construção do Centro Interpretativo, junto às ruínas do complexo industrial do Real Filatório de Chacim, suspendeu as obras devido às alterações impostas pelos técnicos que o IPPAR destacou para fiscalizar a obra. Isto porque, segundo os técnicos, os materiais que estavam a ser utilizados, embora estejam de acordo com o projecto inicial, "não satisfazem os parâmetros" estabelecidos para este tipo de obra.

O IPPAR pretendia que fosse feita uma "alteração radical", mas atendendo ao investimento já feito, optou por atender somente ao "essencial", em particular no que diz respeito aos acabamentos. As exigências passaram a ser ao nível da substituição de materiais, sobretudo das portas e janelas. O alumínio passará a ser substituído por aço inox, embora também tenha sido apontada a madeira como alternativa possível. Por sua vez, na zona de entrada, será adoptado um tipo de calçada portuguesa.

Estas modificações implicam aumentos de custos, que têm de ser autorizados pela Câmara Municipal e, posteriormente, ajustados com o empreiteiro. Dado este "já estar habituado" àquele tipo de actuação por parte dos técnicos do IPPAR, em princípio não vai exigir qualquer indemnização. Só aguarda que a Câmara faça o novo projecto, para ser aprovado pela delegação do Porto daquele departamento do Ministério da Cultura. E espera ainda que o acompanhamento técnico da obra passe a ser feito pelos técnicos do IPPAR.

Mais obras para valorizar Chacim

Está ainda prevista para este ano a abertura do concurso para a consolidação das ruínas do Real Filatório. Esta obra conta com uma comparticipação de 174.581 euros através das vertentes Feder e Piddac do programa "Portas da Terra Quente". Incluídas nas referidas vertentes do mesmo programa estão as obras de qualificação urbanística da Avenida António Maria da Costa, bem como o tratamento da ribeira que passa ao lado do Real Filatório e atravessa Chacim. Para a primeira a comparticipação é de 87.290 euros e para a segunda de 17.458 euros.

A qualificação da Avenida António Maria da Costa prevê uma intervenção nos dois lados adjacentes à EN 216, desde a escola primária até ao cruzamento para o santuário de Balsamão. Essas duas orlas vão ser empedradas com granito e ao longo delas serão colocadas mesas de piquenique, bancos e algum mobiliário infantil. Ainda no mesmo espaço serão deixadas duas pistas de areia, uma de cada lado, para a realização do tradicional jogo do fito. Ao lado da escola será criado um pequeno parque de merendas. Além de serem preservados os plátanos e as tílias existentes, como é desejo da população, o projecto prevê a plantação de mais árvores, arbustos e herbáceas.

Segundo o vereador Carlos Barroso, "estes melhoramentos são peças importantes no contexto do projecto de atracção cultural e turística que se pretende implementar na aldeia".



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