Apresidente da Junta de Freguesia de Santo Estêvão, em Chaves, Antónia Esteves, foi proibida de entrar no Centro de Dia e Bem-Estar Social de Santo Estêvão. O presidente da associação que gere o lar, Ademar Rodrigues, alegou que a autarca tem tido um \"procedimento conflituoso\" em relação à instituição.

Incrédula com o despacho, afixado na porta principal do lar, a autarca questionou a legalidade da decisão. \"Como é possível que se proíba a entrada da presidente da Junta numa instituição que foi construída com dinheiros públicos e num terreno que é da Autarquia?\"

Ademar Rodrigues, que já foi presidente daquela Junta de Freguesia, corrigiu a interdição expressa no despacho. \"Desde que eu esteja presente e ela o solicite, pode entrar. Vir cá numa hora que sabe que eu não estou é que não pode ser\", justificou Ademar Rodrigues.

\"Na primeira Assembleia de Freguesia (AF), ela tentou retirar-nos a exploração de um bar, que a anterior Junta [presidida por Ademar Rodrigues] nos tinha concessionado durante 30 anos\", afirmou o ex-autarca.

\"Na Junta de Freguesia não existe documento algum que ateste a cedência da exploração desse espaço\", contrapõe, no entanto, Antónia Esteves, lembrando que fez a proposta à AF, porque, para além disso, \"o espaço e a verba resultante da renda fazem falta à Autarquia\".

\"Se tivéssemos aquele espaço não precisávamos de reunir na escola primária\", garante a autarca, esclarecendo que entrou no centro para visitar uma utente.

Mas, para Ademar Rodrigues, Antónia Esteves é ainda \"persona non grata\" para o lar por outra razão. \"Recentemente, chamou a GNR, à noite, por entender que as carrinhas da instituição estavam mal estacionadas. A Junta de Freguesia de Santo Estêvão devia ser o braço-direito desta instituição, mas, infelizmente não é\", concluiu Ademar Rodrigues.

\"Chamámos a GNR porque os veículos estavam a impedir a entrada na Junta. A queixa foi apresentada contra a pessoa que autoriza a pÎr lá os carros\", explicou Antónia Esteves.

O lar já havia sido alvo, no ano passado, de uma inspecção da Segurança Social, na sequência de várias denúncias sobre o facto de haver idosos que dormiam na instituição apesar de ela não estar licenciada para o efeito.



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