O grupo Sousacamp aderiu ao Processo Especial de Revitalização para fugir à falência. O Novo Banco é credor em dezenas de milhões de euros.

O maior produtor de cogumelos do país está com dificuldades financeiras, tendo aderido ao Processo Especial de Revitalização (PER) para evitar a falência, avança o Jornal de Negócios (acesso pago) nesta terça-feira.

O PER foi pedido pela Varandas de Sousa, principal empresa do grupo que, há um ano, se apresentava como o maior produtor europeu de cogumelos e um dos maiores do mundo, com cinco fábricas em Portugal e duas em Espanha, empregando mais de 500 pessoas.
Insolvências caem 13% em novembro face ao período homólogo.

O prazo para a reclamação de créditos só termina no dia 19, sendo o Novo Banco, herdeiro do BES, antigo grande acionista e maior financiador da Sousacamp, credor de “algumas dezenas de milhões de euros” e dono do destino do grupo, segundo explicou ao Negócios uma fonte conhecedora do processo.

De acordo com a mesma fonte, na queda do BES estará grande parte da responsabilidade das dificuldades financeiras da empresa já que, em 2014, era a instituição financeira que estava a financiar a construção da “gigantesca unidade de produção de cogumelos, cuja obra, onde foram já investidos cerca de 20 milhões de euros, ficou a meio”.

O jornal explica ainda que o Novo Banco, entretanto, cortou o financiamento à Sousacamp e vendeu, há pouco mais de um ano, os fundos de capital de risco ES Ventures, que passaram a ser geridos pela Armilar Venture Partners, controlados pela sua equipa de gestão e cuja sociedade é detida em 35% pela Sonae IM.

A Varandas de Sousa fechou o ano passado com vendas de 18,8 milhões de euros e um resultado negativo de nove milhões de euros, agravando os prejuízos registados nos anos anteriores.



PARTILHAR:

Inter Movistar e Ricardinho em Bragança a 18 de dezembro

“Ana” deixou um rasto de destruição em Bragança e Vila Real