Nem pareceres técnicos da Delegação de Saúde e do veterinário municipal, nem o relatório da brigada do ambiente da GNR, nem as queixas de quatro vizinhos e da Junta de Freguesia e nem mesmo uma determinação da Câmara de Chaves.

Nada. Até à data, nada teve força para acabar com um galinheiro de grandes dimensões que uma flaviense mantém, em Santa Cruz, num terreno cercado de vivendas. A dona da criação não percebe \"tanta polémica à conta de umas galinhas\". Nega os maus cheiros, diz que o espaço está limpo e acredita que é tudo \"inveja\". Mas, para os vizinhos a questão é mesmo olfactiva. \"O cheiro é uma miséria.

E moscas varejeiras, no Verão, é por de mais\", queixa-se uma moradora, lembrando que se o dono da criação tivesse \"dez ou 15 galinhas e patos ninguém o impedia. Mas assim, pelo amor de Deus\", frisa. Entre galinhas e patos, há alturas em que serão mais de cem os animais. No entanto, até ao momento, a batalha dos quatro vizinhos iniciada há mais de um ano ainda não foi ganha.

Isto apesar de os pareceres da Delegação de Saúde e do veterinário municipal serem no sentido de o galinheiro, pelo menos nesta dimensão de \"quase aviário\", ser desactivado. A própria Câmara, baseada nestes pareceres, também já interveio, ordeando ao proprietário a retirada, numa primeira fase, de 60% do efectivo.

O que terá acontecido. No entanto, houve reposição dos animais. O presidente da Câmara de Chaves, João Batista, garante que \"a Câmara é a primeira a zelar para que a saúde pública seja preservada\", e assegura que a autarquia \"agirá em conformidade\". A proprietária do galinheiro, Maria da Encarnação da Costa Maieiro, não percebe \"tanta polémica\".

Diz que sempre teve ali as galinhas e que \"nunca cheirou mal a ninguém\". E critica os vizinhos por nunca se terem queixado directamente. \"Se têm falado connosco, já tínhamos acabado com isto\", diz, lembrando que o espaço está limpo. \"Ainda agora fui lá com estas sapatilhas e veja se as sujei...\".



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