O número de vítimas mortais no Itinerário Principal (IP) 04, entre Amarante e Bragança, quase triplicou em 2004 comparativamente a 2003, revelou ontem o presidente da associação dos utentes desta via.

\"Em 2003 faleceram 13 pessoas no IP4 e, em 2004, perderam a vida neste itinerário 33\", afirmou Luís Bastos, presidente da Associação de Utilizadores do IP4 (AUIP4).

Segundo o responsável, trata-se de um aumento da sinistralidade mortal de 154 por cento de um ano para o outro, enquanto a tendência nacional é de uma redução sustentada do número de acidentes.

Para Luís Bastos, \"é grave\" fechar o ano de 2004 com os valores registados no IP4, que a tornam numa \"via de excepção\".

\"Esta estrada que liga os distritos do Porto, Vila Real e Bragança, também deve ser vista de forma excepcional\", salientou.

Luís Bastos considera necessário investir seriamente no uso das novas tecnologias para travar a sinistralidade nesta via, designadamente na introdução de radares fixos e sinalizados, separadores centrais, bandas rebatíveis ou novas repavimentações.

No entanto, na sua opinião, a solução para travar o aumento do número de acidentes e do volume de tráfego registado no IP4, passa pelo prolongamento da A4, de Amarante até à fronteira de Quintanilha, em Bragança.

\"Esperamos seriamente que o próximo Governo avance o mais rapidamente possível com o prolongamento desta auto- estrada\", sublinhou.

A zona do IP4 onde se regista o maior número de acidentes mortais localiza-se entre Amarante e o Alto de Espinho, ao longo de 10 quilómetros onde foram realizadas obras de emergência entre Novembro e Dezembro, num investimento de 1.5 milhões de euros destinados a reduzir a sinistralidade rodoviária.

Foram realizadas obras de beneficiação do pavimento que se encontrava muito desgastado entre os quilómetros 62 e 72, introduzidos painéis com focos luminosos, activados por radar para controlo de velocidade e que alertam os condutores que excedam os limites, baias direccionais nos dois sentidos de tráfego e outras dotadas de painéis de luminosidade intensa nas curvas de maior sinistralidade.
O Instituto de Estradas de Portugal procedeu também a uma supressão da via da esquerda nas curvas aos quilómetros 69,6 e 70,6.

Foi eliminada a faixa da esquerda na via que sobe em direcção a Vila Real e que tem duas faixas de rodagem, para impedir a ultrapassagem nas curvas e reduzir as colisões frontais, a principal causa de acidentes com vítimas mortais no itinerário de Amarante ao Alto de Espinho, no alto da Serra do Marão.

Luís Bastos considera que as obras efectuadas neste troço foram \"positivas, embora tardias\".



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