Apesar dos factos que levaram ao adiamento, para hoje, do escrutínio para os corpos gerentes dos bombeiros de Macedo de Cavaleiros, e de Ana Mascarenhas, filha do presidente da anterior direcção, ter dito que se afastaria do processo, há uma semana os restantes elementos da lista A ainda estavam dispostos a disputar as eleições. Mas na passada terça-feira os associados que integravam a lista A decidiram desistir da corrida, pondo termo ao "ciclo Mascarenhas", que durou cerca de 20 anos.

Luís Baptista, que encabeçava a lista A, alega que ele e os que o acompanhavam desenvolveram "todos esforços possíveis para se formar uma lista única", mas que, "face à persistente recusa dos elementos da outra lista, não foi possível o entendimento". Por isso, resta-lhe agora "o dever de tentar preservar a herança deixada", sendo, por isso, intenção dos que integravam a lista A, "inventariar, em acta a lavrar no dia das eleições, todo o património deixado" pela anterior direcção.

A polémica em torno da eleição da direcção dos Bombeiros de Macedo surgiu como consequência dos resultados das eleições autárquicas do passado dia 16 de Dezembro. O presidente a eleger hoje, Benjamim Pinto, é irmão do presidente da Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros, Beraldino Pinto, é militante socialista e era o vice-presidente da anterior direcção dos Bombeiros. Não sendo possível saber o que sucederia nas eleições marcadas para o dia 28 do mês passado, já após a vitória social-democrata, se José Mascarenhas - falecido há pouco mais de dois meses - fosse vivo, certo é que os elementos da anterior direcção que integravam a lista A, não lhe perdoam "a traição". Tanto mais que, entre os que hoje acompanham Benjamim Pinto, figuram "antigos acérrimos adversários" do homem que liderou os Bombeiros durante cerca de 20 anos.



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