A Eurocidade Chaves-Verín reforçou a cooperação transfronteiriça em áreas como o transporte ou turismo, através do projeto europeu ‘Eurocidade 2020’ que envolveu investimentos de cerca de 1,7 milhões de euros desde 2017, foi hoje divulgado.

O encerramento oficial do projeto ‘Eurocidade 2020’, iniciado em 2017, decorreu hoje na sede da eurocidade que junta Chaves, no distrito de Vila Real, e Verín, na Galiza, Espanha.

A eurocidade frisou que o projeto permitiu fomentar o diálogo entre os diversos agentes do território e consolidar a cooperação entre eles.

Representando um total de 1,7 milhões de euros de investimento, o ‘Eurocidade 2020’ destacou-se pelo lançamento do projeto piloto Transporte Urbano Transfronteiriço Chaves-Verín (TUT), lançado para “grandes eventos, feiras e mercados”, permitindo avaliar a procura de transporte por parte da população.

Em comunicado, a Eurocidade Chaves-Verín adiantou ainda que o projeto reforçou a rede de postos de turismo e a marca ‘Eurocidade da Água’ como destino turístico transfronteiriço e permitiu melhorar a sala de ensaios, instalada na sede com uma cabine de gravação profissional para bandas e músicos das duas localidades.

Foram ainda realizadas mais de 300 atividades transfronteiriças nas áreas do turismo, educação, empreendedorismo, exportação, digitalização, cultura, desporto, termalismo, criado um gabinete transfronteiriço da juventude e material turístico de divulgação, salientou.

A eurocidade apontou ainda que o “projeto permitiu avançar com o plano estratégico da agenda urbana Eurocidade 2030, reorganizar as páginas de internet e realizar um estudo para expandir a eurocidade”.

Chaves e Verín, localidades separadas por 28 quilómetros, têm desde 2008 este projeto de cooperação transfronteiriço que envolve a partilha de um cartão que dá acesso a piscinas, bibliotecas, eventos, formações ou concursos, bem como uma agenda cultural e, mais recentemente, transportes.

Para o presidente da Eurocidade Chaves-Verín, Nuno Vaz, este projeto ajudou a “afirmar a região” no sentido de “inverter a tendência” das regiões de fronteira de “serem zonas com dinâmicas muito pouco intensas e pouco atrativas”.

O também presidente da Câmara Municipal de Chaves realçou a importância dos jovens da eurocidade para o seu futuro. 

Também presente no evento, o diretor-geral das relações externas da Junta da Galiza, Jesús Gamallo, defendeu “uma discriminação positiva” para as zonas de fronteira entre Portugal e Espanha.

“Depois do fecho das fronteiras [devido à pandemia de covid-19] é muito importante fazer uma discriminação positiva para que realmente haja projetos estruturantes, projetos que resolvam problemas dos cidadãos”, afirmou.

Jesús Garmallo aponta como projetos futuros da Eurocidade Chaves-Verín uma “incubadora de empresas tecnológicas, a limpeza do rio Tâmega, divulgação do turismo termal entre Chaves e Verín e a mobilidade transfronteiriça como a ligação à linha de alta velocidade em A Gudiña, na Galiza.

O projeto ‘Eurocidade 2020’, aprovado pelo Programa INTERREG V-A Espanha-Portugal 2014-2020 (POCTEP), teve como parceiros da Eurocidade Chaves-Verín, entre outros, a Direcção-Geral da Xuventude, Participación e Voluntariado, o Instituto Português do Desporto e da Juventude (IPDJ), a Fundação Galicia Europa e a Federação Nacional das Associações Juvenis (FNAJ).



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