A Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) iniciou hoje o processo de classificação daquele que é considerado um “segundo Côa”, o local do Cabeço da Mina, no município transmontano de Vila Flor.

O anúncio da abertura do procedimento de classificação foi hoje publicado em Diário da República e abrange o “conjunto de vinte e nove estelas (pedras) decoradas”, na freguesia de Assares.

No despacho assinado pela diretora Paula Silva, aquela entidade justifica que a proteção e a valorização deste património arqueológico “representam valor cultural de significado para a nação”.

Com a abertura do processo de classificação, o Cabeço da Mina passa automaticamente a constar do inventário nacional do património cultural e inicia-se o caminho para Monumento Nacional, de acordo com a legislação em vigor.

Este local no Nordeste Transmontano já está classificado há 20 anos como de “Interesse Público” e desde a década de 1980 que escavações arqueológicas têm desenterrado testemunhos da presença humana datáveis do Calcolítico, cerca de três mil anos antes de Cristo.

Há dois anos que a importância do local pode ser conhecida num Núcleo Interpretativo a funcionar num edifício construído pela Câmara, financiado pelas medidas de compensação da Barragem do Tua e coordenado pela Direção Regional de Cultura do Norte.

O núcleo mostra alguns achados arqueológicos, reproduções e conteúdos com motivos de interesse do Cabeço da Mina que, por ocasião da inauguração, o presidente da Câmara, Fernando Barros, comparou a “um segundo Côa”

O “Cabeço da Mina” está situado em terrenos privados numa pequena elevação do Vale da Vilariça, na margem direita sobranceira à ribeira do mesmo nome.

O estudo dos artefactos identificados durante as campanhas arqueológicas “aponta para a existência de um santuário pré-histórico, datável do Calcolítico (c. do 3.º milénio a. C



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