O município de Macedo de Cavaleiros decidiu levar o colorido da arte urbana às ruas da cidade transmontana em tempos de pandemia, com um festival que começou hoje e até domingo tem programadas várias intervenções.

O primeiro Festival de Arte Urbana “já estava a ser pensado há algum tempo” seguindo um pouco o que vai sendo feito noutras cidades, como disse à Lusa a vereadora da Cultura, Elsa Escobar, e o município entendeu que este era o momento certo.

Com a redução da oferta cultural e as restrições impostas pela contenção da pandemia de covid-19, este festival de rua é a apostada autarquia para oferecer animação e colorido “neste ano em que as pessoas estão um bocadinho tristonhas”.

Até domingo estão previstos “vários espetáculos e intervenções de arte urbana” junto das escolas e nas ruas com nomes de escritores nesta cidade do distrito de Bragança.

De acordo com a vereadora, a ideia é em cada ano o festival ter uma temática e a deste ano é a dos escritores, como Pires Cabral, natural do concelho que vai ser homenageado “dentro de pouco tempo” com a atribuição do nome à biblioteca municipal.

O festival é feito de animação com estátuas, mimo e saxofonista, instalações de arte e pintura de caixas elétricas em diversos locais como as rua Antero de Quental, Eça de Queirós ou Miguel Torga, com passagens ainda pela Casa Falcão, Praça dos Segadores e Jardim 1.º de Maio.

A ideia da vereadora da Cultura é posteriormente colocar um código QR nalgumas das novas obras, nomeadamente nas pinturas das caixas elétricas para que qualquer pessoa com um telemóvel possa ler e saber informação sobre o trabalho e artistas.

A arte deste festival serve também para homenagear o passado deste concelho que foi um dos maiores centros de produção de cereais portugueses, dando nova dinâmica a espaços “esquecidos” como a atual praça dos segadores, onde antigamente se juntavam os que vinham de outras terras à procura de um lavrador que lhes garantisse a jeira.

Esta primeira edição será o arranque de uma iniciativa que a vereadora da Cultura “gostaria que a cada ano crescesse e que se tornasse num festival urbano para trazer gente ao concelho”, assim como que Macedo de Cavaleiros passasse a integrar os roteiros da arte urbano.



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