O município de Macedo de Cavaleiros, no distrito de Bragança, tem um orçamento de 33 milhões de euros para 2021, mais cinco milhões do que em 2020, justificados com obras de fundos comunitários, revelou hoje o presidente.

Benjamim Rodrigues explicou à Lusa que, para 2021, a estratégica do executivo, liderado pelo PS, é concluir todos os projetos do PEDU (Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano), alguns em curso e outros que irão avançar.

“Toda uma série de investimentos que, nós cremos, irão transformar a face urbana da cidade e também melhorar as condições das freguesias”, afirmou, exemplificando com o reclamado há vários anos interface modal, que prevê arranque em janeiro com um investimento de 700 mil euros.

O autarca socialista referiu que Macedo é um cruzamento de linhas rodoviárias, por onde passam “muitos veículos, muitos autocarros”, e é necessário criar um local com “dignidade” como o que está projetado e que “irá transformar também uma zona morta” da cidade transmontana.

Outro projeto planeado para 2021 é a reestruturação do mercado municipal, com cerca de dois milhões de euros.

O presidente apontou também as freguesias, que, em 2020, tiveram um “recorde na atribuição de verbas” que se mantém em 2021, “com o mesmo valor, cerca de um milhão de euros”.

Os custos com a pandemia covid-19 “refletem-se pouco” nas contas da Câmara, na medida em que o que tem sido gasto a mais com medidas de mitigação tem sido compensado com a poupança na realização de eventos cancelados.

Em relação à dívida do município, Benjamim Rodrigues disse que “tem vindo a melhorar” com a aquisição de património, que reforça os ativos, e também por o valor que mais pesa, cerca de 11 milhões de euros, relativo às águas, estar a ser renegociado com a empresa.

O plano e orçamento para 2021 foram aprovados em reunião de câmara com três votos a favor, três contra e uma abstenção, e irá ainda a discussão e votação da Assembleia Municipal.

Os três vereadores do PSD votaram contra por verificarem que “nada de novo aparecia lá, a não ser todas as obras que o anterior executivo (do PSD), já tinha elencado”, como justificou Duarte Moreno.

Em declarações à Lusa, o vereador social-democrata acrescentou ainda que a outra razão do sentido de voto prendeu-se com “as juntas de freguesia que são da oposição do executivo”, por “não terem também verbas atribuídas”.

“Este orçamento peca pela não existência de uma estratégia para o desenvolvimento do concelho e até pela não existência de uma estratégia para sairmos deste marasmo que temos vivido através desta questão pandémica”, considerou.

O vereador eleito pelo PS Pedro Mascarenhas, que já foi vice-presidente e se afastou do autarca Benjamim Rodrigues, absteve-se na votação com o argumento de que se trata de “um orçamento que nada traz de novo”.

“Não deixa antever o que nos espera no próximo mandato como se o próprio presidente do município não tivesse grande esperança nem vontade de continuar a governar. Um orçamento sem ambição de futuro e onde não se vislumbra um fio condutor de desenvolvimento e de retoma socioeconómica para o nosso concelho”, considerou.

Apesar da análise, o vereador permitiu a aprovação abstendo-se por entender que “o orçamento mais uma vez prevê obras de grande importância para a terra e cuja execução não pode nem deve ser obstaculizada”.



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