O ano de 2022 reforçou o Alto Tâmega, distrito de Vila Real, como um destino turístico, verificando-se um “aumento assinalável” de visitantes no território, com destaque para o Museu das Termas Romanas que recebeu 87.285 pessoas.

“Os últimos anos têm sido os melhores de sempre no que diz respeito ao turismo no Alto Tâmega e Barroso”, afirmou hoje à agência Lusa o primeiro secretário executivo da Comunidade Intermunicipal (CIM) que une este território, Ramiro Gonçalves.

Já o presidente da Câmara de Chaves, Nuno Vaz, disse que se nota um “crescimento turístico assinalável” na região que expressa uma retoma, em alguns casos, acima de 2019, antes da pandemia de covid-19.

Há, no entanto, um objetivo por cumprir e passa por aumentar a estadia média do turista na região, que atualmente é de 1,7 a 1,8 noites e se pretende que aumente para 2,2.

“Esta é uma atividade que já representa mais de 50 milhões de euros para o território e se, isso acontecer, vamos poder multiplicar esse número. É um objetivo importante, não é fácil de alcançar, mas com a promoção integrada dos seis municípios e o juntar de todos os seus ativos pode ser concretizável”, salientou Ramiro Gonçalves.

Ativos que vão desde o parque aventura de Ribeira de Pena, ao parque termal de Pedras Salgadas (Vila Pouca de Aguiar), ao Barroso património Agrícola Mundial (Boticas e Montalegre), as praias fluviais de Valpaços, as termas ou o quilómetro zero da Estrada Nacional 2 (EN2), em Chaves.

Pretende-se ainda, acrescentou, combater a sazonalidade que ainda se verifica e, para isso, disse que têm contribuído os eventos. “A sexta-feira 13, em Montalegre, tanto funciona estando a nevar como estando calor”, apontou Ramiro Gonçalves, lembrando que 2023 arranca com a celebração da sexta 13 já em janeiro.

Pelo território há mais visitantes e há, também, mais oferta, nomeadamente a nível do alojamento.

Em todo o Alto Tâmega há 2.600 camas e, por ano, contabilizam-se entre cerca de 250.000 a 260.000 dormidas nos seis municípios.

Relativamente aos números de 2022, o presidente da Câmara de Chaves destacou os 87.285 visitantes do Museu das Termas que abriu há um ano e onde pode ser visto o maior balneário termal romano da Península Ibérica.

Este tem sido, apontou, o equipamento cultural que tem tido “mais procura”.

No posto de turismo municipal, junto aos paços do concelho, houve 19.798 interações (mais 15% do que em 2021) e, segundo adiantou o autarca, as termas de Chaves terão tido o maior número de aquistas da sua história, ultrapassando os 9.000 em 2022.

“Isto significa que há aqui um crescimento muito assinalável”, destacou.

Já pelo posto de turismo da CIM do Alto Tâmega e Barroso, um projeto supramunicipal considerado “único no país” porque “vende todo o território”, passaram 13.622 turistas em 2022, mais 12% do que no ano anterior.

Estes visitantes foram maioritariamente portugueses, mas também oriundos de Espanha, França, Reino Unido e Brasil e a faixa etária predominante foi a dos 40-50, seguida da dos mais de 60 anos.

Os turistas que visitaram o posto de turismo procuraram, principalmente, os produtos turísticos cultural, a Estrada Nacional 2 (EN2), termal e os caminhos de Santiago.

As festas míticas (sexta 13) ou as feiras gastronómicas que se realizam, por exemplo, em Boticas, Montalegre e Chaves são também consideradas “importantes âncoras” que atraem muitas pessoas ao território.

Mas a atração ao território poderá aumentar este ano com a abertura de uma piscina descoberta de água quente em Chaves, a primeira do continente, ou a pista de esqui, inserida num parque de neve, em Ribeira de Pena.

Ramiro Gonçalves lembrou o plano estratégico definido para o turismo que aposta na capacitação dos operadores, nomeadamente através da Escola de Hotelaria e Bem-Estar (Instituto Politécnico de Bragança) que abriu recentemente, na organização do produto turístico e na promoção contínua.



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