A Aerovip está a contestar a escolha da sua congénere Aeronorte para o ajuste directo por parte do governo dos voos entre Bragança, Vila Real e Lisboa.

Os responsáveis da empresa, que adquiriu os aviões e chegou mesmo a contratar alguns dos antigos funcionários da Aerocondor, que no passado dia 17 de Março suspendeu as ligações aéreas, devido uma crise financeira, já pediu uma audiência ao secretário de Estado das Obras Públicas, Paulo Campos. O JN tentou ouvir o proprietário Pedro Leal, mas tal não foi possível. No entanto, fonte próxima garantiu que \"a Aerovip pretende ir até onde for necessário para esclarecer quais foram os critérios que ditaram a escolha\".

José Ribeiro, presidente do Conselho de Administração da Aeronorte, garantiu, no entanto, que \"está tudo tratado e os aviões vão estar cá antes do final do mês, prontos a operar. Faltam apenas as questões burocráticas, mas o Instituto Nacional de Aviação Civil tem e o governo têm os seus prazos e há regras cumprir. Por nós, já, podemos recomeçar os voos a partir do próximo dia 26\". Aquele responsável recorda também \"que é obrigatório que os aviões estejam em Portugal. Estamos em espaço comunitário e eu posso ir comprar ou alugar aeronaves à França, à Alemanha ou onde as houver\", referiu.

O administrador da Aeronorte, acrescentou que \"já na próxima segunda-feira, chegará um avião ao aeródromo de Braga e vamos fazer um voo de demonstração à comunicação social na próxima semana, para mostrar as condições operacionais e de conforto\", garantiu.

A Aeronorte vai garantir o serviço enquanto decorre o novo concurso internacional, recorrendo ao \"wet leasing\" de aeronaves Let 410, de fabrico checo, de 19 lugares (um a operar e outro de back up para o caso de surgir alguma avaria no primeiro, conforme obriga o contrato com o Estado) .

Os preços e os horários irão manter-se. O Os voos decorrem de segunda a sexta-feira, dois em cada sentido, e a viagem de ida e volta custa 117 a partir de Bragança e menos dez euros a partir de Vila Real. O estado dá uma compensação de cerca de 1,2 milhões de euros anuais pelo serviço.



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