Os aeródromos de Bragança e Vila Real destacam-se entre os que existem na região de Trás-os-Montes e Alto Douro, até por serem os únicos a manter voos regulares. Chaves, Minheu, Mogadouro e Mirandela também têm pistas, licenciadas ou não, que são utilizadas no apoio ao combate a incêndios e nelas funcionam escolas de paraquedismo e de voo, por exemplo.

Mas há projectos que poderão vir a ser determinantes para o futuro daquelas estruturas e, em última análise, da própria região.

Em Bragança, a aposta é tão forte que já neste Verão será possível viajar de e para Paris e para Agen, Toulouse, em França. O presidente da autarquia, Jorge Nunes, garante que \"as obras de ampliação da pista para 1700 metros estarão concluídas brevemente\" e lembra \"a forte comunidade emigrante oriunda da região e residente em França que poderá utilizar este serviço\". Jorge Nunes acrescenta a estes potenciais clientes os turistas, que \"aqui poderão encontrar uma porta de entrada no Douro\".

Mas Vila Real, de onde partem e chegam, também, aviões da linha regional de e para Lisboa, não quer ficar atrás. O vereador Albertino do Fundo considera que \"há espaço para os dois, ou até mais, aeródromos desta envergadura\". Vila Real não vai apostar nas ligações ao estrangeiro, já que se encontra a uma menos de uma hora do Porto e de Bragança, mas nem por isso vai descurar as condições. Em estudo está a ideia de construção de uma nova pista, com cerca de 1500 metros, que cruzará com a existente na direcção Norte-Sul. Prevista está, ainda, a ampliação em 250 metros da pista actual, com 950.

Recentemente, surgiu um novo projecto, que visa reabilitar o aeródromo da Chã, em Alijó. A candidatura será apresentada ao próximo Quadro Comunitário de Apoio e, segundo Artur Cascarejo, o autarca local, \"a ideia é construir uma pista com três quilómetros de extensão, para atingir voos comerciais com duas centenas de passageiros, num investimento que rondará os 15 milhões de euros\". O objectivo é captar os turistas que vêm para o Douro em voos charter e de baixo custo dentro do espaço Schengen.



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