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Um turismo de se tirar o barrete

Retrato de igreja
Manuel Igreja

Um turismo de se tirar o barrete

Caso o sucesso ou a afirmação de uma região turística se afirmasse unicamente pelo numero de pessoas que por ela deambulam em tempos livres em busca das coisas próprias de quem anda a passear, de todo em todo se poderia afirmar que o Douro enquanto destino turístico tinha mais que pernas para andar, e que finalmente estava em “ vindima permanente”, de tantos serem os visitantes que por aí andaram nestes últimos meses.

Aliás, não é fenómeno novo este de há pelo menos uma boa dúzia de anos a esta parte, e fartos de ouvir dizer que o Douro é ou vai ser um dos principais destinos neste contexto andámos nós que não somos nem surdos nem mudos graças a Deus Nosso Senhor. Saber isso sabemos nós, assim como sabemos que tardam em se vislumbrar as mais – valias de tanta actividade. Dizendo-nos também que o Turismo é um dos pilares do nosso desenvolvimento regional a par de mais três, mas por este andar, mais se nos afigura que o pilar não estará assim lá muito bem assente.

Convém que se diga, que grande parte disto com culpas próprias, habituados que estamos à lamechice e à lamuria despegadas, para já não irmos ao velho hábito de esperar que por decreto se resolvem as situações de feição para todos mas muito mais para nós que somos para aqui uns coitados a quem ninguém liga apesar de estarem cá as melhores coisas deste mundo e arredores. Não há paisagem igual à nossa, não há gastronomia melhor que a nossa, e não há vinho melhor que o nosso. Este até é único e muito apreciado por toda a gente, menos em parte por nós que somos mais de “ martinis” com rodelas de limão.

Pelos barcos, chegam-nos centenas de milhares de pessoas, mas basta um cristão num modo de dizer, estacar-se um pouco num sábado ou domingo pelo meio da manhã ali em baixo no Cais da Régua, para logo se inteirar de que afirmar –se que eles chegam é uma força de expressão nem sempre adequada. Vêm em bandos encimados pela guia desde a Estação do comboio, descem a rampa, e ordeira mas apressadamente entram para a embarcação onde os esperam uns salgadinhos e um cálice de Porto em jeito de gentileza do operador para os seus clientes.

O percurso como se sabe também pode ser feito ao contrário, e aí então, à vista da Régua todos se levantam digo eu rápidos porque já vêm enfastiados de tantas horas de viagem lá desde o Porto, e acostam no cais mais parecendo pardais em gaiola mortinhos por colocar o pé em terra firme. Em fila como convém descem do barco, e ainda em fila por causa dos extravios, encaminham-se para os autocarros que mesmo a meia dúzia de metros os aguardam. Isto quando não regressam no comboio que já apita no apeadeiro, que ainda o não é, mas nada tarda a sê-lo, e sobem ordeiramente a rampa em direcção da partida dos comboios que nós andámos e continuaremos a ver passar.

Tudo sem tempo sequer para compras das costumeiras lembranças de viagem, que se o houvesse era a mesma coisa, uma vez que não se vê nem há quem as venda, a não ser felizmente os saborosos e inevitáveis rebuçados da Régua. Quer dizer, isto para além dos úteis chapéus vendidos por vendedores ambulantes com ar de marroquinos. Nem se imagina o negócio que por ali se faz em termos de bonés, algo que na região nos fartamos de apanhar, e que bem jeito dão para cobrir as moleirinhas em dias de sol aberto a incidir sobre as águas do rio onde navegam estes turistas do nosso descontentamento que se vão sem nos deixar migalha.

Com uma pitada de ironia era até capaz de dizer que estamos em presença da maior mais-valia do turismo duriense, eventualmente para além da dos luxuosos empreendimentos sempre bem-vindos, e da grande marca que ele deixa a muitos dos que um dia tiveram o gosto de nos visitar. Temos pois um turismo de se lhe colocar o chapéu, e de se enfiar o barrete. Digo eu, não sei.

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