Como é que uma parelha de homens ou de mulheres homossexuais viverá o Natal?
Dado que o Natal é, nas religiões cristãs, o momento fundador da sociedade, a celebração da família heterossexual, do amor ao próximo e da paz, vejo a resposta difícil.
Na celebração do Natal está também a celebração da fertilidade através da celebração do nascimento da criança Jesus, «o menino Jesus» como lhe chamam os cristãos.
A Sociedade Ocidental, à semelhança da natureza animal e natural, consagrou a família heterossexual através do casamento ândrio-gâmico para protecção dos mais fracos (a mulher e as crianças), para transmissão da propriedade e para responsabilização dos dois adultos pela educação e protecção dos filhos enquanto menores.
Além disso, não foi nenhum governo, desde a Idade Moderna à Idade Contemporânea, que decidiu a criação do casamento heterossexual. Ele resulta de um estado de natureza, pré-existente à fundação do Estado Moderno. Pelo que não pode ser nenhum Governo a modificar este estado de sociedade natural mas sim a própria sociedade.
Face a estes considerandos, revela-se muito minoritária a união homossexual e revela-se um roubo intelectual a apropriação do conceito de casamento para uma união ândrica ou gâmica. Estas uniões deviam ter outro nome, mesmo se com direitos de propriedade e pensão de sobrevivência equivalentes aos do casamento.
Não abona nada a favor de alguns intelectuais de esquerda o roubo de propriedade intelectual, quando, ilegitima e lunaticamente, alguns deles se arvoram nos representantes iluminados dos intelectuais pensantes.
Além disso, num tempo em que as questões de civilização são discutidas e decididas em referendo, fica muito mal a esses alguns intelectuais de esquerda arvorarem-se nos decisores iluminados da sociedade, à maneira jacobina.
Espero que a Assembleia da República corrija este procedimento, no sentido de o Povo ser chamado a decidir. Não para decidir sobre um direito - a orientação sexual - uma vez que a homossexualidade também existe nos animais e nas plantas mas para decidir se à união homossexual se aplicam todos os direitos do casamento heterossexual, inclusive o nome da união.
Até porque já vai sendo tempo de o Partido Socialista começar a ter atitudes mais pensadas e mais sustentáveis democraticamente.