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Transportes escolares, direitos e deveres dos cidadãos e outras lérias

Retrato de chrys
Chrys Chrystello

Transportes escolares, direitos e deveres dos cidadãos e outras lérias

CRÓNICA 400. TRANSPORTES ESCOLARES, DIREITOS E DEVERES DOS CIDADÃOS E OUTRAS LÉRIAS 15.6.21

Transportes escolares, direitos e deveres dos cidadãos e outras lérias

 

Há dias fui confrontado com uma notícia no telejornal da RTP Açores, que a achou suficientemente importante para repetir em jornais seguintes: uma senhora que vive a menos de 1 km duma escola queixa-se de que os seus filhos não têm direito a transporte escolar e a rua é íngreme e os deputados que se deslocam dos seus hotéis a menos de 1 km vão de carro…

Comentei que era patética a queixa, e logo recebi dela uma resposta nos comentários mais apropriada à doca de Leixões ou similar. Que nisto de democracia e educação, o verniz salta depressa ou nem sequer existia e era só a fingir.

Fiquei elucidado e calei-me, nestas situações o melhor é nem comentar mais…logo eu que tinha colocado um vídeo daquelas crianças na China que descem ravinas a pique em escadas periclitantes, atravessam rios e cruzam montanhas para chegar à escola e tem o título satírico do género (“Ó mãe , a escola é longe?”)

 

https://www.youtube.com/watch?v=chXlhPU8mk0

Dito isto lembrei-me de que onde vivo na Lomba da Maia, as crianças do Fim da Lomba sobem mais de 1,5 km, íngremes, até chegarem à Estrada Regional onde passam os transportes (escolares ou não), chova ou faça sol, e o mesmo para os residentes no arrabalde do Burguete. E isto não é exclusivo desta freguesia rural mas de quase todas as circunvizinhas Porto Formoso, São Brás, Ribeira Funda, Criação Velha, Lomba de São Pedro daqui até ao Nordeste. Muitos pais e mães não têm - como aquela mãe - a alternativa de um táxi nem outros transportes coletivos. Evitarei falar de estratos socioeconómicos desfavorecidos e outros, que não sendo chamados ao caso, podem proporcionar alternativas aos que tenham posses…

Dei comigo a lembrar-me dos meus avós que em 1932 se tiveram de mudar de armas e bagagens da vetusta Alfândega da Fé para Bragança, a 72 km (estamos a 1617 km dali) para a minha mãe poder frequentar o Liceu, sem comboios nem carreiras de camioneta que permitissem comutar entre ambas.

Em 1959 quando eu entrei para o Liceu na chuvosa cidade do Porto apanhava imensas molhas na ida e volta. Quando não apanhava o elétrico nº 8 na Rua do Campo Lindo, ou um nº 7 ou 7/ (ler sete com traço) na Rua de Vale Formoso, ia a pé até à Rua da Constituição (12 minutos) apanhando depois outro carro elétrico da linha 20 até à Praça do Marquês de Pombal (uns dez minutos mais) e aí tomava o nº 15 até Silva Tapada ou 15/ Antas (e só este me levava mesmo até ao Bonfim), só tendo de fazer uns 200 metros a pé até ao Liceu Alexandre Herculano na Avenida Camilo, sem abrigo de caleiras apanhando toda a chuva que caísse. De elétrico a viagem demorava, em média, uma hora, se não houvesse atrasos e a coordenação de horários fosse esmerada, o que era complicado.

Nesse tempo não havia autocarros escolares e apenas um ou outro filho-família endinheirado beneficiava de transporte próprio, o que mesmo assim era uma raridade.

Nas aldeias recônditas do Portugal profundo a situação melhorou mas muitas crianças ainda fazem grandes distâncias, de aldeias sem estrada ou sem transporte escolar, para irem para os mega-agrupamentos escolares recentemente criados.

Nada que se compare às caminhadas de 2 ou 3 horas de madrugada que as crianças na montanha em Timor faziam para irem ter aulas do então Ciclo Preparatório em Bobonaro onde lecionei em 1973 e o clima lá era bem mais agreste.

Serve isto para recordar que há muitos cidadãos que apenas se lembram dos seus direitos (os mesmos que lhes eram negados antes de abril 1974) para irem ter visibilidade na TV com queixas patéticas como a acima descrita. Desejo que a educação daqueles três jovens não seja prejudicada pela falta de transporte e que quando crescerem possam ser deputados, secretários, diretores ou coisa que o valha para terem o transporte privativo que merecem e que em criança não tiveram.

 

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