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Os Salteadores da Esperança que Renascia

Retrato de igreja
Manuel Igreja

Os Salteadores da Esperança que Renascia

Não sei, mas tenho para mim que alguém nos deitou mau olhado. Parecia que a navegação mesmo que à vista ia de vento em popa e num repente estancámos. Aliás, mais parece que os ares em movimento favoráveis viram de feição e com um jeito vamos pôr-nos às arrecuas. Só pode ter sido inveja de alguém. Séculos a esta parte até diria que anda por aí mão dos castelhanos. Mas não. Agora somos amigos.

Andava o défice controlado e as contas públicas quase no ponto, dizem, no futebol erámos do melhor, campeões até, nas cantilenas internacionais ganhámos o primeiro lugar com uma canção a sério, e uma fórmula de suporte de governo tida como única lá se ia, e ainda vai aguentando nem que seja ao jeito de maquineta que ameaça desengonçar-se a todo o momento.

Mas acima de tudo a esperança tinha renascido. Os portugueses inchavam ufanos dos seus feitos do antigamente mais ido e com mais com os de agora. Havia quem dissesse inclusivamente que Portugal nada tardava a ser caso de estudo em cadeira de faculdade. Não sei. Sabe-se lá. O que sei é que andávamos esperançosos e mesmo mais dignos. Acreditávamos.

Num repente, a páginas tantas do nosso devir histórico, a boa estrela esmoreceu, e tudo nos parece menos brilhante. Segundo a dita Lei de Murphy, quando “qualquer coisa que possa ocorrer mal, ocorrerá mal, no pior momento possível”, e mais parece que nos preocupamos em a confirmar para mal dos nossos pecados.

Caso fosse homem de crendices até diria como iniciei, que é caso de malapata, que para quem não saiba, é má sorte por influência do diabo. Mas não, temos de ser objectivos na análise e concisos na explanação da causa das coisas acontecidas e se possível nas que podem vir a acontecer.

A vida individual ou colectiva é feita de sucedimentos que se sucedem sem cessar, pelo que tudo o que nos apoquenta ou nos apraz, nada mais é do que o resultado do entrelaçado construído no fiar dos anos. Não há acasos e a sorte dá muito trabalho. Só que este tem de ser do bom. Para ser mau, mais vale estar-se quedo.

Vistas bem as coisas, há décadas que a obra que temos vindo a edificar deixa muito a desejar. Um país feito uma quinta de duas ou três centenas de figurões, virou uma federação de lóbis, mais se assemelhando a um barco em que houve motim liderado pelo cozinheiro, passando a ementa a ser o ponto principal das decisões.

Em Portugal, como se o saco não tivesse fundo, governou-se a contento dos grupos de pressão. Investiu-se sem rei em roque, só porque interessava aos padrinhos. Depois, na hora dos apertos, cortou-se a eito. A coisa rangeu, a gente pagou e sofreu. Mas aguentou, e continua a aguentar desde que sinta que vale a pena.

O problema, é que a dúvida começa a espalhar-se. Em face de tragédias em boa tarde resultantes do desconchavo a que chegamos, e de peripécias impensáveis e perigosas, ninguém se assume responsável. Fazem-se inquéritos para somar aos muitos empilhados em resma no rol do esquecimento.

Podemos e devemos estar tristes, mesmo que sorriamos com um sorriso triste. Os dias que correm, mostram-nos gente em lugares de responsabilidade na República, a quem falta dimensão. Tolos, nem se apercebem que nos estão de novo a roubar-nos a esperança. São uns salteadores da esperança que renascia.

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