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Cobras e lagartos em noites de Lua Cheia

Retrato de luis
Luis Ferreira

Cobras e lagartos em noites de Lua Cheia

O que é preciso é dizer alguma coisa, quando não se sabe bem o que dizer. O que é preciso é dizer alguma coisa, quando é necessário falar sobre uma coisa qualquer. O que é preciso é dizer alguma coisa, quando é necessário transmitir uma ideia a quem precisa de ouvir uma qualquer coisa sobre si mesmo, ou sobre os outros. O que é preciso é falar, falar... de alguém!
Desta forma, dizem-se cobras e lagartos e, sem que ninguém saiba coisa nenhuma, dizem-se simplesmente coisas, algumas puramente inventadas, outras perto de uma verdade que se quer que seja realidade, outras ainda perto de coisa nenhuma! No fundo, é tudo inventado e com pouca base de sustentação. Paradoxalmente, as invenções que se fazem passar pelas pessoas ávidas de notícias, são tão próximas da realidade e tão possíveis que quase, por isso mesmo, rondam a incerteza e a realidade possível. Mas, apesar de tudo, serão sempre possibilidades.
A Lua, farta porque cheia, é um mar de promessas e de certezas. Certezas tão certas e reais quantas as promessas a cumprir. Realidade mais que possível. Só resta saber quem será o objecto das promessas a preencher neste mar imenso e farto!
A Lua Nova, talvez por ser nova, nada de novo promete. A sua incerteza é tão grande como o ténue fio que se desenha no céu e nos permite saber que é efectivamente, Lua Nova. Tão simples como isso!
Os quartos, são demasiado pobres. Valha-nos o crescente que, pelo menos tem consigo o nome que augura uma grandeza! Demorará a ser minguante! A quem interessa este último! A ninguém.
No meio de tudo isto há uma certeza: todos anseiam por saber, quem e onde são colocadas as peças deste quebra-cabeças. Quebra-cabeças, porque as pessoas querem que seja isso mesmo. É uma forma de falar, de dizer, de inventar, de alimentar esperanças, de ir dizendo cobras e lagartos, em maré de Lua Cheia! Enfim!
Seja como for, esta maré farta destina-se a ser distribuída pelas cobras e lagartos que alguém vai soltando para atear uma fogueira imaginária, onde nada mais arde senão a esperança do cumprimento de uma promessa ou o incumprimento de um valor muito mais alto e merecido.
O lado obscuro deste ritual é aquele onde nada se sabendo, tudo é preenchido, tudo é colocado no seu sítio, todas as peças são distribuídas pelo tabuleiro, todas encaixam e, só muito mais tarde é que as pessoas se dão conta de que afinal, o tal quebra-cabeças já o não é e se calhar nunca o foi! Tudo se passa dentro do anel da Lua Nova! Tudo está invisível, mas sabe-se que lá dentro é o centro das decisões! Num obscurantismo decisório que só mais tarde se tornará muito mais claro!
- Nós queremos que seja assim...
- Meus senhores, há que ter paciência e compreensão...
- Assim, não. Mostrem mais alguma coisa e logo se verá.
- Este, que tal? É de confiança. Tem trabalho feito...
- Nem pensar! Nunca! Não nos interessa...
E a justificar, lá vêm mais umas cobras e lagartos. Adiantam-se mais uns nomes numa tentativa de acertar as coisas.
- Vamos lá ver. Há 44 peças para colocar. Digam nomes.
- Quais os lugares? Precisamos de saber...
- Pois...pois... A seu tempo...
- Assim não vale!
- Ai vale, vale...
Pois é. Se calhar não vale mesmo, mas em tempo de guerra...
E como nada de concreto se sabe, continua-se a dizer isto e aquilo, tentando colocar as peças certas de um puzzle que é cada vez mais complexo.
Digam o que disserem sobre quem quiserem, o certo é que alguém será designado para completar este estranho jogo. As respostas só então serão conhecidas na totalidade! Até lá, o melhor é deixarmo-nos de tentar adivinhar onde cabem as várias peças do puzzle!

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