As Termas de Chaves vão construir, num investimento de 1,2 milhões de euros, um complexo hidrodinâmico exterior que permitirá usufruir da água termal quente ao ar livre durante todo o ano, foi sexta anunciado.

“Este é um projeto singular e excecional que permitirá aos termalistas, num futuro próximo, experienciar algo único em Portugal, que é a realização de tratamentos termais ao ar livre”, destacou o presidente da Câmara de Chaves, no distrito de Vila Real, Nuno Vaz, durante a apresentação do Complexo Termal ‘Aquae Salutem’.

Para o autarca flaviense, este complexo irá “fazer a diferença” e colocar as Termas de Chaves num “patamar superior” no contexto nacional e internacional.

O ‘Aquae Salutem’, que será desenvolvido nos jardins exteriores das Termas de Chaves, utilizará a água termal que nasce com uma temperatura entre os 66 e os 77 graus centígrados e cuja utilização remonta à época da ocupação romana na Península Ibérica.

O complexo hidrodinâmico será composto por várias piscinas em dois patamares diferentes e terá um labirinto sensorial de duches de contraste e vários tanques para um circuito hidrodinâmico.

A obra vai envolver a requalificação de parte dos edifícios afetos às Termas de Chaves, onde serão criadas, entre outras valências, uma receção, loja, casa de chá, balneários ou um espaço de hidromassagem e relaxamento.

Nuno Vaz sublinhou que o projeto permitirá “incrementar” a relevância económica e social deste setor no concelho.

“É uma enorme satisfação fazer parte de uma equipa de pessoas que pode concretizar algo que já estaria na ambição de muitos flavienses”, acrescentou.

A obra, que tem um investimento de 1,2 milhões de euros, com apoio de fundos europeus de cerca de 900 mil euros, deverá estar concluída em 2022, disse.

O socialista frisou que “o mais difícil está conseguido”, depois deste projeto para o uso de água termal ao ar livre ter obtido a autorização por parte da Direção Geral de Energia e Geologia (DGRG) e “captado os recursos financeiros necessários”.

A administradora das Termas de Chaves, Fátima Correia Pinto, realçou que o novo complexo permitirá dar resposta a várias necessidades como solicitações por grupos grandes de termalistas.

“Vínhamos a ser muito procurados por grupos, mas não temos a facilidade de ter muitas pessoas ao mesmo tempo no complexo que temos destinado para o bem-estar. Somos também procurados por circuitos termais, e é também uma resposta que atualmente não damos”, explicou.

O novo projeto permitirá também resolver “o problema da sazonalidade”, pois as Termas de Chaves têm “uma elevada procura” nos meses de verão e início de outono, que não se reflete nos restantes períodos do ano.

“Poder usar a água termal quente no exterior, quando a temperatura é baixa, diferencia a procura para os meses de inverno e dá mais estabilidade às termas”, salientou.

Fátima Correia Pinto garantiu que o “ADN terapêutico” das termas se irá manter, mas que haverá uma aposta na vertente turística e na atração de um público mais jovem.

Fotografia: Diário de Trás-os-Montes (para ver com melhor resolução clique na imagem)



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