«Celebrar o espírito empreendedor». Sentimento com que o primeiro-ministro, José Sócrates, foi esta sexta-feira a Benlhevai, em Vila Flor, presidir à assinatura de contratos de investimento de 27,5 milhões de euros.

A aposta, com o apoio de fundos comunitários, é do grupo de produção de cogumelos Sousacamp, que vai aumentar de seis para 28 o número de túneis de produção de substrato, o que será suficiente para todas as unidades de cultivo em Benlhevai, Vila Real e Paredes. Neste último concelho, a empresa pretende duplicar a sua produção, para cerca de 3400 toneladas anuais, 11% das quais destinadas ao mercado externo.

Em contraciclo com o actual panorama de aumento do desemprego em Portugal, os projectos da Sousacamp vão criar mais 165 postos de trabalho. José Sócrates não deixou passar em claro o elogio à \"vontade de produzir mais riqueza\", sublinhando que \"esta atitude é a que o país necessita neste momento\".

O primeiro-ministro celebrou a atitude da empresa com palavras, mas também com gestos, cumprimentando uma a uma, umas boas dezenas de funcionárias da empresa, que está a comemorar o 20º aniversário. Do presidente do grupo, Artur Sousa, ouviu a reclamação de maiores incentivos ao investimento em regiões desfavorecidas: \"Estes projectos devem ser privilegiados na obtenção de isenção de IRC para compensar os custos de produção\", pediu.

Antes de ir a Benlhevai, Sócrates foi a Murça inaugurar a Loja do Cidadão de Segunda Geração de Murça, a primeira de Trás-os-Montes e Alto Douro (TMAD). Realçou que estas lojas são \"o que de mais moderno há na administração pública\", bem como as suas vantagens, tendo à cabeça \"a redução do tempo de espera\" por documentos, que antes era necessário requerer em Vila Real.

Tendo como \"ambicioso\" o plano de expansão das lojas, não tardará muito até que à de Murça se juntem as de Chaves, Vimioso, Freixo de Espada à Cinta, Tarouca e Resende. Isto em TMAD, porque em todo o país serão, no total, mais 29.

Na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), em Vila Real, Sócrates cortou a fita das obras de remodelação e ampliação do Hospital Veterinário e do restaurante universitário. Obras que no seu conjunto custaram quase 4,3 milhões de euros. Em relação ao hospital, falta ainda dotá-lo de algum equipamento, mas o ministro da Ciência e do Ensino Superior, Mariano Gago, prometeu apoiar a sua aquisição.

Durante a cerimónia foi também assinado um contrato de comparticipação financeira para construção e apetrechamento do edifício das Ciências Veterinárias e blocos de laboratórios, um investimento na ordem dos 9,4 milhões de euros.



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