A Associação Empresarial do Alto Tâmega anunciou que é a favor da manutenção do trânsito automóvel na ponte Romana, um assunto que tem gerado polémica na cidade de Chaves e que mereceu a tomada de posição.

A Associação, sediada em Chaves, justificou a posição com o resultado de um inquérito que encomendou para o efeito e que revelou que 82 por cento dos comerciantes do centro histórico flaviense são a favor da circulação automóvel na travessia. A Câmara de Chaves deverá anunciar a decisão sobre o assunto na próxima semana. \"Estamos apenas à espera de mais alguns relatórios de serviço e da posição do Igespar (Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico)\", garantiu, ao JN, o presidente da Câmara de Chaves, João Batista.

A questão da manutenção ou do encerramento do trânsito na ponte Romana foi relançada há cerca de dois meses pelo Partido Socialista (a favor da sua pedonalização), que propÎs a realização de um referendo local para decidir o tema.

No entanto, a proposta socialista, justificada pelo facto de estarem a terminar as obras de requalificação de que a travessia foi alvo e de, por isso, estar \"na hora\" de decidir o seu futuro, acabou por ser chumbada pela maioria PSD.

A autarquia, que antes do PS levantar a questão, defendia uma solução mista (trânsito só durante a semana e até às 20h00), anunciou que a decisão iria ser tomada com base em relatórios técnicos e no parecer do Igespar.

A Acisat só agora falou sobre o tema. Ontem, o presidente da Associação, Miranda Rua, justificou o \"timing\" com a necessidade de \"sustentar\" a posição e de \"não ser fácil decidir sobre esta questão\". Além do inquérito, Rua justificou também o trânsito na ponte (sentido Sul/Norte) com a dinamização do comércio local.

\"A circulação pela periferia desvia a população para a oferta nessas zonas e retira movimento à cidade, enquanto que uma circulação pelo canal central que é a ponte cria outra dinâmica\", justificou o presidente da Acisat.

Por outro lado, o presidente da Acisat justificou a rejeição da pedonalização da travessia com a construção da ponte pedonal que está a ser construída a jusante e com o facto de as obras de requalificação que foram feitas no monumento terem aumentado em quase um metro os passeios destinados a peões.

Em termos de sociedade civil, a questão tem igualmente suscitado várias reacções. A maioria, a favor da pedonalização da travessia. Além de abaixo-assinados já entregues na autarquia, foi criado o movimento \"Ponte A Pé\".



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