O serviço de Urgências do Hospital de Chaves, por determinação da administração do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD), continua a perder valências.

Depois da pediatria aos fins-de-semana, a urgência do hospital flaviense está, desde ontem, sem serviço de cardiologia, tendo ainda ficado com menos um médico de clínica geral (passam a ser dois a assegurar o atendimento). Os casos urgentes do foro cardíaco passam a ser reencaminhados ou para Vila Real (a 65 quilómetros) ou para o Porto (a 150 quilómetros).

«Já requeremos uma audiência à Administração Regional de Saúde do Norte e ao conselho de Administração do Centro Hospitalar», disse João Batista, presidente da Câmara Municipal de Chaves. O autarca realça que, numa altura em que está a ser feita a reavaliação da Rede Nacional de Emergência e Urgência, \"sem médicos, é fácil demonstrar a ineficácia do funcionamento desta unidade\".

O autarca diz ter sido apanhado \"de surpresa\" com o que lhe comunicaram do Hospital de Chaves, mas salvaguarda que não recebeu nenhuma informação \"por escrito\". \"A população ainda não se apercebeu, mas sei que hoje [ontem] já não tivemos Cardiologia e como tal já reportámos a situação ao Ministério da Saúde, pois até à resolução sobre a Unidade Local de Saúde estava definido que a unidade de Chaves não podia perder mais valências, o que não está a ser respeitado\". Ao que o CM apurou, a raia transmontana é uma zona de elevado índice de doenças cardiovasculares e a unidade de Chaves serve 450 localidades, abrange 75 mil residentes.

No Hospital de Chaves ninguém está autorizado a prestar declarações e do CHTMAD não foi possível obter qualquer reacção.



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