O plantel do Desportivo de Chaves, da II Liga de futebol, está em confinamento enquanto é realizada uma avaliação de risco, após quatro casos positivos de covid-19, adiantou hoje à Lusa o delegado de saúde local.

O delegado de saúde da Unidade de Saúde Pública (USP) do Alto Tâmega e Barroso, Gustavo Martins-Coelho, explicou que desde sexta-feira a estrutura do emblema transmontano ficou em isolamento “até que seja concluída a avaliação de risco”.

“Depois de esta estar concluída, será determinado quantos elementos da estrutura terão de se manter em isolamento e quando serão realizados novos testes à covid-19”, sublinhou, sem antecipar uma data para essa decisão.

O Feirense-Chaves, encontro da 1.ª jornada do segundo escalão que estava agendado para as 20:00 de sexta-feira, foi adiado momentos antes do seu início após as autoridades de saúde determinarem não haver condições para o jogo.

Já com as duas equipas prontas para começar a partida, o árbitro João Gonçalves recebeu uma chamada telefónica e deslocou-se durante breves instantes ao túnel de acesso ao relvado, tendo, 27 minutos depois da hora prevista para o início, apitado para que os jogadores recolhessem ao balneário.

Gustavo Martins-Coelho tinha explicado à Lusa na sexta-feira à noite que depois de uma primeira avaliação de risco, após quatro casos positivos de covid-19 no Desportivo de Chaves divulgados na sexta-feira, foi dito que “não havia inconveniente” para a realização do encontro em Santa Maria da Feira, mas que “ao final da tarde” esta entidade recebeu “novas informação que não estavam na posse ao final da manhã”.

“Tivemos de refazer a nossa avaliação de risco. Mediante essa segunda avaliação, determinámos que não havia condições para realizar o jogo em segurança”, sublinhou.

E precisou que foi por volta das 19:00 que o Desportivo de Chaves foi informado da decisão.

“Não tomamos estas decisões de ânimo leve. Não tenho nenhum prazer especial em cancelar jogos. O que se passou foi um ato da defesa da saúde pública da população”, lembrou.

O médio Guzzo e o guarda-redes Samu, e ainda os treinadores adjuntos Pedro Machado e Tiago Castro, testaram positivo “embora assintomáticos”, tinha revelado o clube transmontano sexta-feira de manhã.

A Liga Portuguesa de Futebol Profissional defendeu hoje que é “imperativo” manter a aplicação da orientação de que um caso positivo não torna, por si só, obrigatório o isolamento coletivo das equipas, referindo que a competição não pode parar.

A Liga convocou hoje os médicos de todas as sociedades desportivas que integram as competições profissionais para uma reunião de urgência, depois de os jogos entre o Feirense e o Desportivo de Chaves e entre o Académico de Viseu e Académica, da primeira jornada da II Liga, não se terem realizado devido a casos positivos de covid-19.

Na reunião foram abordados os aspetos relacionados com as orientações definidas pela Direção-Geral da Saúde, bem como do Plano de Retoma Específico para o Futebol Profissional.

A Liga de clubes, liderada por Pedro Proença, salienta que adotou um processo de testagem que vai “para lá da obrigatoriedade prevista e requerida pelo decreto 036/2020 da DGS”, com o objetivo de reduzir o risco de contágio dentro de cada clube, garantindo “um controlo de identificação e redução da possibilidade de surtos dentro de cada plantel”.

“Este modelo não pode ser penalizador para uma atividade que não pode parar, sob pena de se produzirem danos irreparáveis”, refere.

A Liga reforçou ainda a importância do “cumprimento escrupuloso” do código de conduta assumido e assinado por todos os agentes desportivos, destacando também a necessidade de todas as sociedades desportivas manterem “uma articulação próxima e regular com o delegado de saúde local da sua região”.

As conclusões do encontro de hoje vão ser apresentadas numa reunião entre a Liga e o secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, agendada para a tarde de segunda-feira, onde será “reiterada a necessidade de implementação destas recomendações sob pena de serem colocadas em causa as competições profissionais futebol na época 2020-21”.

 

Liga de clubes “surpreendida” com decisão das autoridades de saúde

 A diretor executiva da Liga de clubes afirmou hoje que não entendeu as razões que impediram a realização do jogo entre Feirense e Chaves, da II Liga de futebol, lembrando que existe um protocolo para os casos de covid-19.

Em declarações à agência Lusa, Sónia Carneiro explicou que o protocolo existente atualmente é igual ao protocolo que no final da época passada permitiu realizar todos os jogos para finalizar a I Liga.

“Não conseguimos perceber o que aconteceu, pois este protocolo é igual ao que permitiu realizar todos os jogos na I Liga a época passada. A autoridade local de saúde teve um entendimento novo e surpreendente”, afirmou.

Na manhã de sexta-feira, o Desportivo de Chaves revelou que o médio Guzzo, o guarda-redes Samu e os treinadores adjuntos Pedro Machado e Tiago Castro testaram positivo à covid-19, embora estejam assintomáticos, e, à hora do pontapé de saída, agendado para as 20:00, chegou a informação de que o jogo não se deveria realizar.

Já com as duas equipas prontas para começar a partida, o árbitro João Gonçalves recebeu uma chamada telefónica e deslocou-se durante breves instantes ao túnel de acesso ao relvado, tendo, 27 minutos depois da hora prevista para o início, apitado para que os jogadores recolhessem ao balneário.

Mais tarde, o jogo Académico de Viseu - Académica que estava agendado para a manhã de hoje foi suspenso, devido aos casos positivos de covid-19 nos viseenses.

A diretor executiva da Liga lembrou que tanto a orientação 036/2020 da Direção-Geral da Saúde, como o Plano de Retoma do Futebol Profissional, definem que “a identificação de um caso positivo não torna, por si só, obrigatório o isolamento coletivo, das equipas”.

“Os casos positivos são isolados e a atividade continua. A autoridade de saúde local entendeu que não havia jogo e remeteu todos [do Desportivo de Chaves] ao isolamento. Ficámos surpreendidos e na reunião de segunda-feira vamos procurar uma posição nacional de cumprimento do protocolo, de modo a evitar paragens nas competições”, explicou.

Sobre um alegado jantar do plantel do Desportivo de Chaves na segunda-feira, que pode ter estado na origem da decisão das autoridades de saúde, Sónia Carneiro explicou que apenas informaram verbalmente da situação.

“Por escrito informaram da decisão de não haver jogo e de colocar o plantel em isolamento. Abordaram a questão do jantar de forma verbal. Não sei que tipo de jantar foi para motivar a alteração do protocolo, mas os plantéis tomam muitas vezes o pequeno almoço juntos, viajam no autocarro e partilham balneário” salientou.

Sónia Carneiro frisou ainda que, na reunião de hoje com os clubes, uma das primeiras questões a ser abordada foi a necessidade de serem respeitadas as regras do código de conduta assinado.

A Liga de clubes defendeu hoje que é “imperativo” manter a aplicação da orientação de que um caso positivo não torna, por si só, obrigatório o isolamento coletivo das equipas, referindo que a competição não pode parar.

A Liga convocou hoje os médicos de todas as sociedades desportivas que integram as competições profissionais para uma reunião de urgência, onde foram abordados os aspetos relacionados com as orientações definidas pela Direção-Geral da Saúde, bem como do Plano de Retoma Específico para o Futebol Profissional.

As conclusões do encontro de hoje vão ser apresentadas numa reunião entre a Liga e o secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, agendada para a tarde de segunda-feira, onde será “reiterada a necessidade de implementação destas recomendações sob pena de serem colocadas em causa as competições profissionais futebol na época 2020-21”.

O plantel do Desportivo de Chaves está em confinamento enquanto é realizada uma avaliação de risco, após quatro casos positivos de covid-19, adiantou hoje à Lusa o delegado de saúde local.

O delegado de saúde da Unidade de Saúde Pública (USP) do Alto Tâmega e Barroso, Gustavo Martins-Coelho, explicou que desde sexta-feira a estrutura do emblema transmontano ficou em isolamento “até que seja concluída a avaliação de risco”.

“Depois de esta estar concluída, será determinado quantos elementos da estrutura terão de se manter em isolamento e quando serão realizados novos testes à covid-19”, sublinhou, sem antecipar uma data para essa decisão.



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