O maior parque de campismo do Nordeste Transmontano, em Vila Flor, está encerrado por questões de segurança, devido ao perigo que o mau estado do arvoredo pode representar para os utilizadores, revelou o presidente da Câmara Municipal.

Pedro Lima indicou à Lusa que o parque, com 520 lugares e por onde costumavam passar, anualmente, cerca de 10 mil campistas, mantém-se encerrado pelo terceiro ano consecutivo devido a questões de segurança, mas agora por problemas relacionados diretamente com o local.

Em 2020 e 2021, o município decidiu fechar o espaço devido à pandemia de covid-19.

Contudo, agora que já foram levantadas as restrições sanitárias, a autarquia mantém o parque encerrado por razões de segurança relacionadas com “a condição arbórea”.

De acordo com o presidente da Câmara Municipal, o parque foi sujeito a várias inspeções que revelaram que o arvoredo “está em bastante mau estado", existindo "inclusive eucaliptos que estão já mortos, ao lado de tendas e de outras estruturas fixas”.

“Foi-nos aconselhado fazer uma intervenção de fundo na reconstituição e recuperação do património arbóreo do parque e só depois abrir em segurança”, indicou à Lusa.

Pedro Lima explicou que a decisão foi tomada “com o apoio das autoridades, nomeadamente Proteção Civil, GNR, ICNF [Instituto da Conservação da Natureza e Florestas]”.

“Tivemos a indicação de todas essas áreas para que não arriscássemos […]. Este verão não abre”, sustentou.

Segundo disse ainda o autarca, o tempo necessário e o orçamento para a realização dos trabalhos ainda não estão quantificados, mas o município pediu às autoridades competentes para fazerem “um mapa de quantidades para orçamentação” para, depois, “lançar o concurso para que a obra possa ser feita”.

Pedro Lima adiantou também que se vai aproveitar para “fazer outras obras estruturantes que são necessárias”, nomeadamente ao nível das “vedações que estão enferrujadas, que ainda usam arame farpado”.

“Temos ali situações que já perduram desde o início do parque de campismo”, afirmou, especificando que o espaço foi criado em “1983 e poucas obras sofreu de remodelação”.

O equipamento está inserido no Complexo Turístico do Peneireiro que tem fidelizado gerações de campistas a um espaço com 60 hectares, dotado de parque de merendas, parque infantil, piscina com restaurante, animais, espaços desportivos, loja de artesanato e produtos regionais, além do "lago" da barragem.

O presidente da Câmara ressalvou, contudo que o equipamento apenas está fechado para acampamento, já que os restantes áreas, como as piscinas, estão abertas ao público.

Este espaço municipal é dos mais procurados do Nordeste Transmontano por campistas de “uma dúzia” de nacionalidades, existindo 520 lugares para acampar.

Dados municipais anteriores à pandemia de covid-19 indicavam que o campismo gerava uma receita de “250 mil euros anuais”, contando apenas com o que pagavam os “cerca de 10 mil campistas, com 40 mil dormidas” contabilizadas.

Foto: A Pereira



PARTILHAR:

Câmara de Boticas adverte contra consumos excessivos de água

Regadio usa 75% da água em Portugal e desperdiça mais de um terço - APA