Cerca de 1500 pessoas compareceram, ontem, no quartel dos bombeiros voluntários de Mirandela, na recolha de sangue promovida pelo Centro de Histocompatibilidade do Norte (CHN) com o intenção de encontrar algum dador compatível com a pequena Andreia, uma bebé com 11 meses.

A criança, nascida na maternidade do hospital de Mirandela, foi internada com um mês de vida no Hospital de S. João, no Porto, com um tumor, denominado de histiocitose com atingimento intestinal, cutâneo e medular, que já obrigou o seu pequeno corpo a vários ciclos de quimioterapias, até conseguir um transplante da medula óssea.

A vida da Andreia pode depender deste transplante, dado que os pais e o irmão, de dez anos, já fizeram exames, mas não são compatíveis.

Os pais - João Gomes e Maria da Luz - estão agora \"mais animados e confiantes que seja possível encontrar alguém compatível\".

Confessam que não estavam à espera de tanta gente. \"Um gesto que nos emociona e aumenta a nossa fé para que a nossa menina possa ter uma vida saudável\", conta João Gomes. O pai fez questão de estar à porta de entrada do quartel \"para agradecer a solidariedade de todos os que vieram e também aos enfermeiros do Hospital de Mirandela que se disponibilizaram a efectuar a recolha, caso contrário seria difícil despachar tanta gente das nove e meia da manhã até às seis da tarde.\"

Manuel Dias, do CHN, diz que só daqui a algumas semanas é que será possível saber se existe alguém compatível, revelando que não existem estatísticas oficiais sobre a probabilidade de encontrar dador compatível, acrescentando apenas que, \"no seio familiar a probabilidade de compatibilidade é de 25%, e, neste caso concreto da Andreia, o irmão não é compatível, pelo que as hipóteses serão ainda mais baixas, mas tudo é possível\", conclui.

Nesta acção de solidariedade para com a bebé participaram pessoas entre os 18 e os 45 anos, oriundos de Mirandela e dos municípios limítrofes.



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