Lurdes Girão é médica em Torre de Moncorvo. Durante um sonho, viu-se na \"pele\" de fundadora de uma associação voluntária para apoio a doentes de cancro. Mas o sonho deixou de ser uma quimera, para se tornar uma ambição e por fim uma realidade.

Esta médica é mais uma entre milhares de pessoas que lidam ou já tiveram que lidar com o cancro. No entanto, \"a luta e esperança continuam\". E é precisamente com o objectivo de transmitir esta ideia que foi criada a associação \"O Leme\". Trata-se de uma entidade voluntária que tem como prioridade prestar apoio psicológico não só às pessoas vítimas desta doença, mas também aos seus familiares. \"O cancro é muitas vezes associado à morte, à dor e ao sofrimento, por isso as pessoas precisam de ajuda psicológica para enfrentar a doença\", explicou Lurdes Girão ao Semanário TRANSMONTANO.

A associação vai ficar sediada em Torre de Moncorvo, mas pretende servir toda a população da região de Trás-os-Montes e poderá ainda vir a ter uma abrangência \"a nível nacional\".

Para prestar \"o melhor serviço possível\" aos utentes, irão trabalhar nesta colectividade algumas pessoas que já sofreram desta doença, uma médica, um psicólogo, pessoal de enfermagem e, se possível, médicos de família para assegurarem a realização de rastreios de cancro periódicos aos quais os associados terão direito. A constituição de grupos de teatro e de canto são algumas das iniciativas que vão ocupar os tempos livres dos utentes.

Para conseguir \"sobreviver\", esta associação, sem fins lucrativos, vai contar com a ajuda dos associados e donativos das populações. \"O Leme\" irá ainda desenvolver várias actividades que possam representar um auxílio financeiro. E para além dos contactos que estão a ser feitos \"para conseguir alguns apoios\", Lurdes Girão vai publicar um livro de crónicas que fala sobre a posição de um médico do outro lado da doença, cuja venda vai reverter para a associação. Actualmente, esta entidade, considerada de \"utilidade pública\", está em fase de instalação e à espera que a Câmara de Torre de Moncorvo ceda o espaço físico.



PARTILHAR:

Aldeis do PNM sem esgotos e saneamento

Greves nos Consulados e Embaixadas Portuguesas