Nesta segunda edição do Portugal Próximo, dedicado a Trás-os-Montes, e tem como lema desenvolvimento e ao combate à desertificação, Marcelo Rebelo de Sousa dedicou o dia aos distrito de Bragança, naquele que passou a ser o dia mais emotivo desta visita até ao momento.

O dia começou calmo, apesar do calor abafado logo ás 10.30, o Presidente visita aquela que é uma das mais antigas corporações de Bombeiros Voluntários de Portugal, com 125 anos. Acompanhado pelo Secretario de Estado da administração Interna, Jorge Gomes, filho da terra fez questão em estar presente nesta nesta homenagem em que a corporação foi condecorada pelo Governo e pela Liga de Bombeiros Portugueses. Presente também Jaime Marta Soares, presidente da Liga de Bombeiros e Adriano Moreira ilustre transmontano e Hernani Dias presidente da Câmara de Bragança.

Marcelo ficou a saber, pela voz do comandante do Bombeiros, que Bragança usa tecnologia de combate aos incêndios desde há 6 anos que vai agora passar a ser utilizada pelas restantes corporações. Esta associação humanitária regista uma média diária de 5500 Kms de utilização das suas 16 ambulâncias, atingindo há poucos dias o pico de 6500 kms no transporte de doentes e acamados, números impressionantes para aferir do enorme esforço diário posto ao serviço das populações.

Marcelo não desiludiu, e ali mesmo, num discurso ao sol decidiu que era altura de reconhecer pela República Portuguesa com o título de membro Honorário da Ordem de Mérito, "prestar homenagem", numa ocasião em que os bombeiros locais acabaram de completar um ciclo comemorativo.

"Como é uso, e mais do que uso é justíssimo, o galardão por servidos prestados à Nação portuguesa, o presidente da República irá agraciar-vos com o título de membro Honorário da Ordem do Mérito", anunciou. E parte para o ataque, atirou-se literalmente a distribuir abraços, selfies e beijos ás bombeiras, era o inicio do que estava para vir.
Depois rumou ao Museu do Abade de Baçal, tendo feito uma paragem na Praça da Sé para distribuir mais beijos e abraços, fazendo dali o percurso a pé totalmente fora do previsto pela segurança que parecia já nem se importar trocando impressões com todos os populares com quem cruzava.

Um turista brasileiro estava incrédulo, queria uma selfie a todo custo, “isso no meu Brasil era impossível”, uma senhora idosa ficou encantada com o assessor militar do Presidente, “sabe tenho dois netos marinheiros, que bonitos” e também ele teve que tirar uma foto.

No Museu esperava-o uma pequena multidão, o Museu Abade de Baçal, que comemora 100 anos, sendo uma referência na região pelo espólio deixado pelo patrono, que recolheu as memórias histórico-arqueológicas do distrito de Bragança, o Presidente percorre demoradamente todas salas, distribui afetos, assinada o livro de honra e parte para o Instituto Politécnico de Bragança.

Aquele que é considerado pela terceira vez consecutiva, o melhor Politécnico do País, esta engalanado, apesar de não ser período de aulas, a comunidade educativa está toda presente.

A receber sua excelência, está o atual e antigo Presidente do IPB, Prof. Sobrinho Teixeira e Prof Dionísio Gonçalves, sendo este o momento em que Marcelo se transforma em Zelig, qual personagem do Woddy Allen e passa também ele a ser professor, autarca, investigador e aluno.

O IPB com os seus 250 doutores , 80 % dos alunos são de fora da região, é fator de atração de professores e alunos e um motor económico comparado a 80 empresas com cem funcionários cada, “ninguém concebe Bragança sem o Politécnico, é a terceira maior empregadora do distrito de Bragança e geradora de negócios, ligando a investigação com as empresas, na chamada 4ª revolução industrial mundial”

“O repositório científico da Biblioteca Digital do Instituto tem cerca de 11 mil documentos científicos e registo de mais de seis milhões de descargas, o IPB é ainda o único politécnico e instituição de ensino superior do interior do país que surge no top 10 do ranking internacional U-Multirank, uma lista elaborada e financiada pela União Europeia, que este ano avaliou 1300 instituições de ensino de 90 países em todo o mundo, 27 das quais em Portugal” , realça Sobrinho Teixeira, o IPB já é futuro e expõe a sua visão para os próximos anos.

Marcelo incentiva a resistir, a continuar porque Bragança “escolheu o caminho certo da excelência do ensino”, conforme constata na visita ao Centro de Investigação de Montanha onde se estuda e descobriu a cura para o “Cancro do Castanheiro” e se dedicam ao estudo da fileira do mel. Marcelo incentiva, conversa demoradamente com todos os investigadores, tira fotografias, quer saber de todos os pormenores, está encantado, prepara-se para falar aos jornalistas.

O momento politico no País é a Caixa geral de Depósitos e a sanções a Portugal, Marcelo tem resposta pronta e põe mais uma vez a mão no Governo, tenta sempre por água na fervura, nem que mais tarde tenha que brincar com a situação como aconteceu em Benlhevai, mas já lá vamos, agora é hora de almoço com a comunidade do IPB, que se reúne numa selfie gigante em frente da portaria sugerida pelo próprio, estamos presente, registamos o momento, ficamos também para a estória desse dia, Há beijos e abraços para todos, o Zelig Marcelo é agora aluno, colega, professor, é a sua praia, sente-se bem, cumprimenta todos, no fim do almoço é ainda tempo para conhecer os estudantes estrangeiros de diversas nacionalidades, é o IPB multicultural, é o IPB do futuro.

A tarde, agora em Benlhevai, no Concelho de Vila Flor, é hora de conhecer uma das maiores empresas de Trás-os-Montes, dedicada ao negocio do cogumelo, esta empresa domina toda a fileira desde a produção, transformação e venda, é uma das maiores exportadoras de região.

Aqui Marcelo brinca com a classe politica e recorre a uma metáfora para “pôr nervos a parte da classe política”, com dois cogumelos na mão “este grande é o cogumelo presidencial, este mais pequeno é o governo. Solidariedade institucional. O Presidente sempre a aguentar o governo, por uns tempos”.

Toda a gente se ri e ele parte para alfândega da Fé onde o espera uma multidão de pessoas, quase toda a vila presente para receber o “Marcelo Caetano” atira um idoso, que de cima dos seus 89 anos esperou pacientemente horas para cumprimentar o presidente.

Alfandega da Fé não vai sair da memoria do Presidente, ele que anunciou hoje que ia estar presente nos jogos olímpicos, bateu ele mesmo aquele que dever ser um novo record mundial, para andar 100 m demorou hora e meia, distribuindo beijos à esquerda e direita, abraços, selfies, cumprimentos, foram momentos de ternura e afeto onde não faltou o presidente a tocar bombo.

No discurso no fim da rua, e depois de mais um dia de calor sufocante que deixa todos a pingar água, com a ameaça eminente de trovoada a presidente da Câmara, Berta Nunes, pedira ajuda ao Presidente para ajudar a desbloquear “medidas para combater o despovoamento, o envelhecimento, a emigração e a incapacidade de fixar os jovens”. Marcelo voltou a falar no mesmo do dia anterior “O Governo criou uma unidade de missão para as terras longe do mar, mas é preciso ir mais longe, é preciso um grupo específico preocupado com Trás-os-Montes e Alto Douro e trazer fundos do Portugal 2020 para esta região. Não se pode perder esta oportunidade”, disse.

O Portugal emotivo estava ali, falou ao povo sobre a sua terra, Celorico de Basto, que aliás está sempre presente em todos os discursos, Marcelo fala com emoção, “Eu acredito em Portugal, no Portugal de todos, seja qual for a religião, o partido, a atividade económica e a origem social. Todos temos de lutar todos os dias, criando uma melhor compreensão lá fora, na Europa, entre os que vivem neste território físico e os que estão espalhados pelo mundo”, “Aquilo que nos une é mais importante que aquilo que nos separa”.

Provou as cerejas mais doces de Portugal, visitou ainda uma exposição coletiva e partiu para o Concelho de Freixo de Espada à Cinta, também uma Município governado por uma presidente, Maria do Céu Quintas, onde foi recebido para jantar na Adega Cooperativa de Freixo de Espada à Cinta. Mais uma vez à chegada, o povo queria afeto, presidente não renegou, a jornada já ia longa, extenuante, mas Marcelo Rebelo de Sousa, parecia de ferro, “deve andar a tomar algo”, transborda energia, cumprimenta todos os convivas.

No discurso do presidente da Cooperativa, José Santos, realça os trabalho de anos para por a Adega no caminho do sucesso, “não pede nada, só que o deixem trabalhar, a adega produz uma milhão de garrafas de vinho” e enaltece a qualidade dos produtos regionais, e a adega como motor de desenvolvimento local. Por sua vez a Presidente maria do Céu fala na sua visão para o Concelho, único a península Ibérica a tratar a seda de forma artesanal, #terras de seda” é o projeto para alavancar a economia, não deixando de falar nos ”obreiros da economia local” puxando para o seu concelho.

Marcelo, num discurso emotivo e pausado fala de um Portugal Próximo, de uma presidência de portas abertas, “O palacio é do povo, sempre disponível para receber Freixo, eu sou um de vós, praticamente transmontano, de ali ao lado" (Celorico) prometeu interceder por um tratamento especial para terras do interior que estão a ficar sem gente,Trás-os-Montes e Alto Douro merece um tratamento especial”

Veja aqui a galeria fotográfica do 2º dia: http://www.diariodetrasosmontes.com/fotogaleria/marcelo-portugal-proximo...



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