Dois alunos da Escola EB 2,3 António Granjo, em Chaves, foram «despromovidos» de ano passaram do 12.º para o 11.º. A pouco mais de duas semanas de terminar o primeiro período, os serviços administrativos da escola aperceberam-se de que os dois estudantes, um rapaz e uma rapariga, estavam matriculados no 12.º ano quando, na verdade, tinham reprovado.

A presidente do Conselho Executivo, Luísa Bandeirinha, admite que a situação foi detectada \"tardiamente\", mas promete \"tudo fazer para que os dois alunos não sejam prejudicados pelo incidente\".

Segundo a presidente do Conselho Executivo, à semelhança de muitos outros alunos, o Pedro e a Margarida terão feito uma matrícula \"condicional\" no 12.º ano. Isto porque, para saberem se passariam ou não de ano, estariam ainda dependentes do resultado dos exames nacionais, realizados, pela primeira vez, este ano. Os resultados dos exames saíram em Agosto.

No entanto, e de acordo com Luísa Bandeirinha, os alunos não terão ido ver as notas. E, desta forma, ao contrário de outros alunos, não terão, por isso, regularizado a matrícula condicional. Por sua vez, os serviços administrativos também não procederam à verificação dos processos, prevalecendo a matrícula condicional. Daí que os nomes de Margarida e Pedro, apesar das notas dos exames não lhes permitirem passar de ano, acabaram por constar nas listas das turmas de 12.º.

\"Quando viram os nomes nas listas de 12.º, entenderam que era sinal de que tinham passado nos exames\", disse Luísa Bandeirinha, afastando qualquer hipótese de \"má-fé\" dos dois alunos.

Apesar de entender que os estudantes deveriam ter tido o cuidado de ver o resultado dos exames e \"regularizar\" a matrícula, a presidente do Concelho Executivo não enjeita responsabilidades. \"Devíamo-lo fazer mais cedo [a verificação dos dados]. Essa responsabilidade assumo\", afirma, sublinhando que, para que situações idênticas não se repitam, terão de ser alterados alguns procedimentos a nível de secretaria, dando prioridade a este tipo de confirmação de dados.

Mas, por outro lado, Luísa Bandeirinha admite que a situação também poderá estar relacionada com uma \"sobrecarga\" de trabalho devido às reformas do ensino. Agora, os alunos já estão a frequentar as aulas do 11.º. E, segundo a responsável, estão em condições de concluir, com êxito o ano, uma vez que, por Lei, a frequência de dois períodos é suficiente para assegurar a passagem.



PARTILHAR:

Escola EB 2/3 Augusto Moreno

«Mamarracho» demolido