O PCP fala de inconstitucionalidade e o PSD marcou para hoje um debate parlamentar de actualidade sobre o tema que entrou na agenda política - a nova lei das regiões de Turismo, que cria dozes estruturas em vez de cinco. Ambos os partidos acusam o Governo de \"ceder a interesses privados\", enquanto o CDS-PP anunciou que vai ouvir, ao fim da amanhã de hoje, a Associação Nacional das Regiões de Turismo.

O assunto foi levado ontem à tribuna do Parlamento pelo deputado comunista do Alentejo, José Soeiro, ao considerar ser \"de manifesta inconstitucionalidade a tentativa do Governo de usurpar às autarquias aquilo que sempre emanou da sua iniciativa, do seu livre e democrático associativismo intermunicipal\".

Ao contrário do que andou a anunciar, o Governo, segundo Soeiro, \"aprovou um mapa feito por medida correspondente às áreas de influência dos PIN (Projecto de Potencial Interesse), para servir interesses que não são os do país, não são os do turismo nem são os da regionalização\". \"Houve cedência às pressões dos pequenos poderes partidários instalados\", insistiu o deputado, antes de denunciar a estratégia do Governo de \"fazer do Douro, do Oeste, da Serra da Estrela, do Litoral Alentejano e de Alqueva verdadeiras reservas PIN à custa das nossas reservas agrícola e ecológica\".

Pelo PSD falou o algarvio Mendes Bota, que, além de dizer esperar explicações do Executivo, hoje no Parlamento, acusou os socialistas de colocarem interesses pessoais acima dos interesses do país.

A voz do PS só se faz ouvir, através da deputada Hortense Martins, que se limitou a alegar que \"o anterior modelo das regiões de turismo estava ultrapassado\".



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