As grávidas que até à meia- -noite de segunda-feira eram servidas pela maternidade de Mirandela não estão a ter direito de opção entre Bragança e Vila Real. Pelo menos, não são transportadas pelo INEM por ordens do Centro Hospitalar do Nordeste Transmontano (CHNT), contrariamente o que tinha sido afirmado pela administração deste centro, na sequência do encerramento daquela sala de partos.

Na madrugada de ontem, uma mulher, em trabalho de parto, foi transportada pelo marido de Moncorvo a Mirandela e deu entrada na urgência às três horas, tendo sido comunicado que a sala de partos estava fechada e que iria ser transferida pelo INEM para Bragança.

No entanto, a mulher, Ana Maria Sanches, 30 anos , recusou-se a seguir para Bragança alegando que esta maternidade \"não tem as condições de assistência de Mirandela\", onde nasceu o seu primeiro filho há cinco anos e preferindo o parto em Vila Real.

Depois de uma viagem de 40 minutos até Mirandela, a parturiente ficou a saber que não seria transportada pelo INEM para Vila Real e que teria de assinar um termo de responsabilidade por essa decisão. Teve ainda de solicitar uma ambulância de transporte de doentes aos bombeiros de Mirandela para a viagem até Vila Real. \"Toda esta burocracia levou cerca de uma hora e 45 minutos, o que revolta\", afirmou Abílio Cordeiro, marido da parturiente.

O documento da ARS Norte refere, no âmbito da a rticulação de cuidados, que as grávidas que, em início de trabalho de parto, acorram aos centros de saúde da Subregião de Saúde de Bragança ou à unidade hospitalar de Mirandela serão encaminhadas preferencialmente via CODU/INEM\" para Bragança ou para o hospital com bloco de partos da sua preferência\".

O director clínico do Centro Hospitalar, Sampaio da Veiga, recusou a fazer comentário alegando que desconhecia o caso.



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