A V edição do Festival dos Espargos Selvagens, em Santa Comba da Vilariça, no concelho de Vila Flor, já está a ser preparada, com boa quantidade do vegetal nos campos para colher.

“Este ano há muitos. Bastantes mesmo”, começou por contar à Lusa Nuno Bento, da Associação Villaracia, que organiza o evento.

A chuva trouxe “um ano abundante”, em linha com o ano passado, que também foi de boa colheita.

O almoço, marcado para dia 25, que tem como objetivo dar a degustar a iguaria que cresce selvagem na região, prevê receber 200 pessoas, de vários pontos do país.

Este ano, ainda há lugares disponíveis. Na edição passada, as inscrições esgotaram um mês antes. Ainda assim, espera-se que até ao dia as cadeiras fiquem todas ocupadas.

Os espargos são colhidos por pessoas da aldeia, que se voluntariam. Outros voluntários irão cozinhar, num grupo total que Nuno contabiliza como sendo de cerca de 25 pessoas.

Da ementa, voltam a constar as pataniscas, omeletes, arroz ou ensopado, tudo com espargos. A acompanhar, há carnes assadas variadas.

“Vai ainda haver uma surpresa para os participantes provarem”, deixou Nuno Bento.

Para sobremesa, repesca-se outra tradição: a laranja à fidalgo, enriquecida com sal e alho.

Mantendo o menu mais ou menos inalterado, Nuno garantiu que a diferença para outros festivais do género está na qualidade dos espargos, que brotam naturalmente pelos campos.

Nuno tem 23 anos e garante que, seja qual for a idade, o espargo é muito apreciado na Vilariça. “Quase toda a gente aprecia e apanha. Há pessoas que vão apanhar espargos para ajudar no evento, mas, claro, também apanham para congelar e ficarem com eles em casa. Assim conseguem comer o ano todo”, partilhou o jovem.

Num futuro próximo, a associação, fundada para resgatar o que é típico do Vale da Vilariça, quer apostar na divulgação gastronómica de outro produto bem identitário, o pêssego.



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