A Feira dos Santos de Chaves regressa, após um ano de ausência, entre 30 de outubro e 01 de novembro, no “formato habitual” com expositores, gastronomia e diversões para dinamizar a economia local, disse hoje à Lusa a organização.

“A feira vai-se realizar sem perder qualquer tipo de identidade, o que era o fundamental. Também foi por isso que ela não foi feita em 2020, porque a Feira dos Santos não tem possibilidade de ter um ‘plano B’, porque qualquer outro plano é descaracterizar a feira”, destacou Vítor Pimentel, presidente da Associação Empresarial do Alto Tâmega (ACISAT), organizador do evento par da Câmara de Chaves, no distrito do Vila Real.

Considerada a maior feira de rua do país, a Feira dos Santos regressa às artérias principais de Chaves com os habituais conjuntos de atividades económicas presentes, como produções rurais, gastronomia, mostras de gado, artesanato nacional e internacional, antiguidades, veículos automóveis, máquinas agrícolas, vestuário, têxtil lar ou calçado.

O também tradicional leque de divertimentos e os locais com a venda de farturas arrancam mais cedo. 

Devido à pandemia de covid-19, o evento, que em 2020 não se realizou, terá “alguns constrangimentos” sem perder, no entanto, a “essência”.

“Vamos fazer um controlo dos acessos a determinadas áreas. Fizemos também algumas adaptações em zonas mais críticas onde efetivamente a afluência de público é maior. Devido às diretrizes da Direção Geral da Saúde [DGS], fomos obrigados a abdicar de algumas coisas, como a animação de rua, com as charangas ou concertos a terem de ser feitos todos em palco”, explicou.

A organização vai ainda criar espaços para alimentação, não sendo possível comer enquanto as pessoas se deslocam para não retirarem a máscara em grandes aglomerados, e fiscalizar o cumprimento das regras, apelando “ao bom senso” dos comerciantes e visitantes.

Com uma “elevada procura” por parte dos comerciantes, Vítor Pimentel explicou que, devido aos constrangimentos, não haverá um aumento do espaço habitual para os expositores, que serão cerca de 500 pelas ruas flavienses.

Os Santos, que atraem visitantes de todo o país e da vizinha Espanha, serão “um desafogo para o comércio local, hotelaria e restauração” num “regresso à normalidade”.

“É uma nova normalidade que temos hoje em dia, mas é importante que assim seja e não podemos criar mais constrangimentos à economia, sobretudo numa débil como a nossa”, apontou o responsável pela associação comercial do Alto Tâmega.

“Esta feira é a maior feira de rua do país e é o maior evento da região, um evento de cartaz a nível nacional onde recebemos pessoas dos quatro cantos do mundo. Pela economia local era fundamental fazer o evento após um ano de ausência”, acrescentou.

Em comunicado, a autarquia de Chaves destacou também que o concurso pecuário atrairá o melhor gado da região à feira, mantendo-se a tradicional ‘chega de bois’, e que haverá a atuação de grupos musicais e bandas, atividades que “complementam e garantem o permanente sucesso da feira”.

 “Os restaurantes da cidade preparam, em especial para os Santos, as suas ementas, podendo degustar-se entre variados pratos a excelente carne, o bacalhau, o pastel de Chaves e os vinhos da região”, adiantou ainda, salientando a participação de todo o comércio local, que “sairá para as ruas da cidade, associando-se assim à feira”.

Fotografia: JB César



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