O gabinete de investigação de acidentes aéreos iniciou hoje os trabalhos para apurar as causas do acidente, sexta-feira, com um avião de combate a incêndios, que vitimou o piloto, remetendo para segunda-feira a divulgação dos factos entretanto apurados.

Em comunicado, o Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF) afirma que a equipa enviada para o local registou e analisou hoje, no local do acidente, o estado dos destroços da aeronave, os quais vão ser transportados para o hangar de investigação que possui no aeródromo de Viseu, para realizar "os trabalhos de perícias técnicas através de testes e ensaios".

"O GPIAAF prevê publicar no final da próxima segunda-feira, dia 18, uma nota informativa dando conta dos factos apurados, conforme confirmados até essa data, e dos passos seguintes da investigação".

Agradecendo às autoridades e populações locais o apoio e as informações prestadas à sua equipa, o GPIAAF apela “a outras pessoas que julguem dispor de informação relevante, nomeadamente imagens do acidente ou da operação realizada no local pelas aeronaves antes do acidente, para contactar o Gabinete através do email [email protected]”.

O GPIAAF anunciou sexta-feira à noite, que iria mobilizar uma equipa de investigação de maneira a estar no local ao nascer do dia de hoje, a qual, segundo a informação hoje divulgada, iniciou trabalhos “assim que houve condições de luminosidade”.

Segundo o comunicado, a equipa registou e analisou o estado dos destroços da aeronave no local, prosseguindo hoje e ao longo do dia de domingo “a fase inicial da investigação”.

Os investigadores estão a entrevistar testemunhas, nomeadamente os pilotos das aeronaves que se encontravam no local, e a recolher “um primeiro conjunto de informação documental necessária junto da empresa envolvida”.

Os destroços do avião “serão transportados proximamente para o hangar de investigação do GPIAAF localizado no aeródromo de Viseu, onde serão posteriormente realizados os trabalhos de perícias técnicas através de testes e ensaios”, acrescenta.

O piloto de um avião anfíbio de combate a incêndios morreu sexta-feira após a queda da aeronave que pilotava, numa vinha da Quinta do Crasto, em Castelo Melhor, concelho de Foz Coa, distrito da Guarda.

"O óbito foi decretado no local pela equipa médica do helicóptero do Instituto Nacional de Emergência Médica. O corpo do piloto ficou carbonizado e o avião anfíbio completamente destruído", disse à Lusa o presidente da Câmara de Foz Coa, João Paulo Sousa.

Segundo uma nota da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), o alerta para o acidente foi dado às 19:55 e o "avião anfíbio médio FireBoss, do Centro de Meios Aéreos de Viseu, afeto ao Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais" estava a operar num incêndio em Torre de Moncorvo, no distrito de Bragança.



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