Em protesto pela crise na agricultura familiar, em Trás-os-Montes, a Confederação Nacional de Agricultura (CNA) promoveu, ontem, em Mirandela, uma manifestação que contou com mais de três centenas de agricultores da região e que percorreu algumas artérias da cidade até à sede da Direcção Regional de Agricultura de Trás-os-Montes e Alto Douro.

A acção de protesto teve como principais objectivos \"lembrar a tragédia provocada pela seca, pelos cortes nos financiamentos dos projectos Agris e a inoperância do novo programa Agro\", refere Armando Carvalho.

O dirigente da CNA denuncia que \"os agricultores estão a viver uma profunda crise\". \"E como se não bastasse o período de seca e os incêndios florestais, o Governo ainda decidiu suspender o programa Agris, com milhares de projectos de pequenos agricultores a ficarem bloqueados.

No caderno reivindicativo, que entregaram ao director regional de Agricultura, a CNA revela outras preocupações os milhares de agricultores que estão a sair do sistema público da Segurança Social, porque as explorações não geram rendimentos compatíveis com as obrigações; as ameaças às explorações leiteiras familiares de não poderem candidatar-se à reserva nacional; e as dívidas do Estado às organizações da lavoura, pela prestação de serviços.

O director regional de Agricultura prometeu fazer chegar as reivindicações ao ministro da Agricultura. Carlos Guerra considera que, apesar das dificuldades, \"existem na região muitas oportunidades para os jovens poder desenvolver a agricultura\".



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