Os Bombeiros de Vidago, Chaves, não dispõem de equipamento adequado para rebocar viaturas pesadas, apesar de frequentemente se verem confrontados com acidentes onde o material se torna necessário para desobstruir vias de circulação.

O último incidente ocorreu há menos de uma semana. Para rebocar um tractor que ficou encavalitado nos rails e o reboque que caiu numa ribanceira, no sábado, os Bombeiros de Vidago tiveram de recorrer a uma máquina giratória particular de um elemento da corporação. Para o presidente da corporação, Francisco Oliveira, esta máquina tem sido a \"tábua de salvação\" em várias situações.

O vice-presidente do Centro Distrital de Protecção e Socorro, Almor Salvador, assegura que \"não é necessário que os bombeiros tenham máquinas dessas. Antigamente, estava tudo a cargo dos bombeiros, agora não. Existe um levantamento das máquinas que constam dos planos distritais e nacionais de emergência.

Os bombeiros só têm que accioná-las\", explica. Para o comandante e para o presidente dos Bombeiros de Vidago, a grande questão é o tempo. \"O inventário existe, muito bem. O problema é que é necessário accionar a protecção civil e esperar que esta contacte as empresas, que podem não estar contactáveis.

Isto demora sempre um pouco, não se processando com a rapidez necessária, sobretudo se houver feridos encarcerados\", defende Fernando Cadete, lembrando ainda que este tipo de material é tanto mais necessário quanto \"Vidago é atravessado por uma auto-estrada a (A24 ) que liga o Norte de Portugal à Galiza e que situações como esta podem acontecer a qualquer momento\".

Cadete entende, por isso, que a falta do material \"coloca os bombeiros numa situação bastante embaraçosa no que respeita a sua missão de prestação de socorro\". A compra do material está fora de questão. \"Até para comprarmos duas ambulâncias de transporte de doentes tivemos de pedir dinheiro ao banco\", concluiu o comandante.



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