O Desportivo de Chaves ascendeu hoje, provisoriamente, ao oitavo lugar da I Liga portuguesa de futebol, ao vencer por 2-1 na receção ao Marítimo, em encontro da 19.ª jornada.

O brasileiro Euller, aos dois minutos, e o canadiano Steven Vitória, aos 21, de grande penalidade, apontaram os tentos dos anfitriões, enquanto o também ‘canarinho’ Cláudio Winck faturou para os forasteiros, aos 27, igualmente de penálti.

Na classificação, o Desportivo de Chaves, que vinha de cinco jogos sem ganhar (três empates e duas derrotas), passou a somar 25 pontos, enquanto o Marítimo somou a segunda derrota seguida e manteve-se com 13, no 17.º e penúltimo lugar.


 Desportivo de Chaves – Marítimo (ficha)

O Desportivo de Chaves veneceu hoje o Marítimo por 2-1, em jogo da 19.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputado em Chaves.

Jogo no Estádio Municipal Engenheiro Manuel Branco Teixeira, em Chaves.

Desportivo de Chaves – Marítimo, 2-1.

Ao intervalo: 2-1.

Marcadores:

1-0, Euller, 02 minutos

2-0, Steven Vitória, 21 (grande penalidade).

2-1, Claúdio Winck, 27 (grande penalidade).

Equipas:

- Desportivo de Chaves: Paulo Vítor, Habib, Ponck, Steven Vitória, Bruno Langa, João Teixeira (Nélson Monte, 71), Guima, João Mendes (João Pedro, 57), Euller (Sandro Cruz, 72), Juninho e Abass Issah (Jô Batista,

(Suplentes: Gonçalo Pinto, Nélson Monte, Sandro Cruz, Queirós, Guilherme Silva, Benny, João Pedro e Jô Batista)

Treinador: Vítor Campelos.

- Marítimo: Makaridze, China, René Santos, Zainadine, Cláudio Winck, Beltrame (Vidigal, 45), Val Soares, João Afonso, Xadas (Chuchu Ramirez, 66), Brayan Riascos e Leo Pereira.

(Suplentes: Marcelo Carné, Moises Mosquera, Matheus, Vidigal, Chuchu Ramirez, Paulinho, Liza, Kanu e Fernando Nito).

Treinador: José Gomes.

Árbitro: Tiago Martins (AF Lisboa)

Ação disciplinar: Cartão amarelo para Xadas (13), Beltrame (14), Habib (26), Issah Abass (29), Paulo Vítor (38), João Teixeira (41), Steven Vitória (43), China (45+4), René Santos (79) e Guima (83).

Assistência: 2.129 espetadores



Chaves bate Marítimo e regressa às vitórias cinco jornadas depois

 Depois de uma série de cinco rondas sem vencer, o Desportivo de Chaves carimbou a segunda vitória da época em casa, ao bater o Marítimo por 2-1, em encontro da 19.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol.

Os transmontanos inauguraram o marcador logo aos dois minutos, depois de uma jogada coletiva que começou com o capitão João Teixeira e terminou nos pés de Euller, que, à entrada da área, e após fintar a defensiva do Marítimo, atirou a contar.

O segundo golo dos visitados surgiu na sequência de uma grande penalidade, aos 22 minutos, por falta de Léo Pereira sobre Juninho, exemplarmente convertida por Steven Vitória, que regressou à titularidade da turma às ordens de Vítor Campelos.

A resposta dos visitantes surgiu cinco minutos depois, com Cláudio Winck a marcar o primeiro e único golo dos insulares, também, de grande penalidade, que acabou por determinar as contas do encontro disputado no municipal de Chaves.

A par da vantagem ‘precoce’, o Desportivo de Chaves entrou melhor na partida, a pressionar e a tentar chegar à baliza dos insulares, com mais bola, soluções nos lances ofensivos e progressão rápida nas linhas de passe criadas.

Do outro lado, o Marítimo foi guardando as ‘armas’ e gerindo esforço, o que acabou por se materializar num jogo recuado, essencialmente concentrado na defesa, com a primeira grande oportunidade registada, apenas, aos 24 minutos, por intermédio de Léo Pereira.

O camisola 38 dos insulares voltou a estar em destaque, pouco depois, com novo remate a sair contra o braço de Habib e o árbitro assinala grande penalidade a favor dos visitantes. Cláudio Winck é chamado a cobrar o penálti e faz o primeiro golo para os insulares, aos 27 minutos.

Aos 38 minutos, o Marítimo tenta o empate por Stefano Beltrame que rematou forte às redes dos flavienses, mas a bola acabou por acertar na malha lateral da baliza dos visitados.

Já na etapa complementar, e ainda que mais contido, o Desportivo de Chaves foi gerindo a vantagem com cautela, enquanto a procurava aumentar, mas os insulares foram crescendo no jogo à procura do empate e não facilitaram a tarefa aos visitados, o que acabou por se materializar em faltas e em distribuição de amarelos para ambas as equipas.

Aos 52 minutos, e à semelhança do lance do primeiro golo dos transmontanos, Euller avançou para a baliza dos insulares pelo corredor central e já em desequilíbrio, acabou travado pelo capitão Zainadine.

Pouco depois, aos 56 minutos, Vidigal, que tinha entrado para o lugar de Beltrame ao intervalo, viu o empate negado por Steven Vitória, que, já no interior da área, ‘deu o corpo às balas’ e concretizou um corte determinante.

Com o Marítimo a subir mais no jogo e a empenhar esforços nos lances ofensivos, Vítor Campelos focou-se na defesa e apostou numa dupla de centrais, com Guima a combinar com o médio recém-chegado João Pedro, enquanto Sandro Cruz entrou para a posição de extremo.

Mas foi Juninho quem acabou por estar em destaque do lado dos visitados, aos 86 e 90 minutos, mas ambos os remates foram travados pelo guardião dos insulares, que impediu os transmontanos de aumentarem a vantagem no marcador.

Do lado dos visitantes, Jesús Ramírez (89 minutos), Brayan Riascos (90+4) e Vidigal (90+9) colocaram esperança nas cerca de duas dezenas de adeptos do Marítimo que se deslocaram a Chaves, mas a desvantagem no marcador permaneceu inalterável.

Com esta vitória, o Desportivo de Chaves sobe ao oitavo lugar da tabela classificativa, com 25 pontos, enquanto o Marítimo se mantém no 17.º e último lugar, com 13.


Desportivo de Chaves - Marítimo (declarações)

Declarações após o jogo Desportivo de Chaves-Marítimo (2-1) da 19.ª jornada da I Liga de futebol:


- Vítor Campelos (treinador do Desportivo de Chaves):

“Este jogo para nós era muito importante porque sabíamos que, ganhando, ficávamos com um fosso maior para o Marítimo. Em igualdade pontual, vencemos cá e lá, isso também conta e, por isso, sabíamos da importância deste jogo.

Hoje, mais que tudo, ainda mais que jogar bem, tínhamos mesmo de ganhar, e queríamos muito ganhar este jogo. O facto de já não ganharmos há algum tempo, se calhar, por vezes, tirou-nos algum discernimento para podermos ligar melhor o jogo e podermos explorar melhor aquilo que nós sabemos fazer que é ter posse, ter mais controlo e domínio do jogo.

É certo que, a uma determinada altura, metemos mais um central, que até é algo que, enquanto equipa técnica, não somos muito apologistas, ficar com uma linha de cinco, mas sentimos que os jogadores se iam sentir mais confortáveis assim e foi isso que fizemos.

Nota-se uma notória melhoria neste Marítimo. O José Gomes tem feito um trabalho fantástico, também alguns reforços, como é óbvio, ajudaram. Creio que foi um jogo repartido. em que nós entrámos muito fortes e acabámos por marcar o golo. Depois do golo sofrido, um nervoso miudinho tirou-nos algum discernimento.

(José Gomes afirmou que empate era mais enquadrado) Ele disse que o empate, se calhar, era o mais justo, se calhar pelo controlo e domínio do jogo que tiveram na segunda parte, [em] que tiveram mais bola, mas oportunidades claras tiveram uma, creio que uma durante a segunda parte. Posso aceitar o que ele diz, mas a haver um vencedor, creio que, justamente, seria o Chaves”.


- José Gomes (treinador do Marítimo):

“Foi um jogo em que por acaso já estava sentado, mas podia ser daqueles jogos em que antes de me sentar já estava a perder e, portanto, isso torna muito mais difícil a missão de conseguir os três pontos. [Para] uma equipa que vem de um registo, desde o início do campeonato, pouco favorável, qualquer golo que se sofre, não é o golo apenas, em si, mas é o carregar de toda a frustração de insucessos, de derrotas, de golos sofridos.

Depois o segundo golo [do Desportivo de Chaves], um penálti completamente desnecessário cometido pela nossa parte, admitindo que foi, ainda não vi o lance, mas acredito que sim. Na verdade, foi assinalado, se houve razão para isso, julgo que sim, mas o jogador do Chaves está de costas para a nossa baliza, portanto, completamente desnecessário.

Eu não considero que tenha sido um jogo bonito e, em termos de oportunidades, foi uma coisa até repartida, não há justiças nem injustiças, portanto, o resultado acabou assim. Provavelmente aquilo que se enquadrava mais com o que foi produzido pelas duas equipas seria o empate, mas, o que eu levo de positivo - e é isso que eu tenho de agarrar – é que foi a primeira vez que senti que, quando estávamos em desvantagem, e estivemos desde o primeiro minuto, nós nunca nos rendemos. Até ao final, procurámos mudar o resultado, procurámos construir e criar oportunidades para sair da situação de derrotados e é esse o registo positivo que levo deste jogo.

Tivemos muito mais tempo a bola no meio-campo do adversário, mas a verdade é que poucas situações de golo conseguimos construir. A atitude para tentar reverter a situação foi boa. Foi um jogo em que tentámos reverter a situação e o Chaves a tentar criar perigo com ataques rápidos. Foi o jogo que eu vi e foi assim que eu senti o jogo.

As pessoas fazem grandes [deslocações] e sacrifícios para acompanhar a sua equipa e, colocando-me eu no lugar dessas pessoas, gostaria que, no final, depois de ter estado a apoiar, apesar do resultado, houvesse esse sentimento, essa aproximação, de conversar e sentir que estamos todos do mesmo lado. Portanto, aquilo que eu lhes continuei a pedir, apesar de terem dito que em Vizela tinha sido o mesmo tipo de conversa, é que, na situação em que nós estamos, qualquer ajuda é fundamental e é muito importante eles ajudarem-me a mim a ajudar os nossos jogadores.

Os jogadores sentirem que há um apoio dos adeptos e não há uma crítica, à partida, muitas vezes até antes de o jogo começar, para o treinador é muito importante porque está uma base de abertura e sem pressa excessiva, e crítica, para que o jogador possa demonstrar que é capaz de fazer. A alma do clube são os adeptos”.



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