O Vizela e o Desportivo de Chaves empataram hoje 0-0, em jogo da 20.ª jornada da I Liga de futebol, mantendo as duas formações posições tranquilas na tabela.

Com este empate, o Vizela, que somou o segundo jogo consecutivo sem vencer, ocupa, para já, o 10.º lugar, com 25 pontos, os mesmos do Boavista, nono, enquanto os flavienses, que vinham de uma vitória na receção ao Marítimo, ocupam o oitavo posto, agora com 26 pontos.


Vizela – Desportivo de Chaves (Ficha)

Vizela, Braga, 10 fev 2023 (Lusa) – O Vizela e o Desportivo de Chaves empataram hoje 0-0, em jogo da 20.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputado em Vizela.

Jogo no Estádio do Futebol Clube de Vizela.

Vizela – Desportivo de Chaves, 0-0.

Equipas:

- Vizela: Buntic, Igor Julião (Tomás Silva, 85), Bruno Wilson, Ivanildo Fernandes, Kiki Afonso, Claudemir (Osama Rashid, 85), Raphael Guzzo (Alex Méndez, 38), Samu, Kiko Bondoso, Nuno Moreira (Matías Lacava, 72) e Osmajic (Friday Etim, 72).

(Suplentes: Luiz Felipe, Tomás Silva, Matheus Pereira, Osama Rashid, Alex Méndez, Kévin Zohi, Matías Lacav, Friday Etim e Alexander Schmidt).

Treinador: Tulipa.

- Desportivo de Chaves: Paulo Vítor, Habib, Ponck, Steven Vitória, Bruno Langa, João Pedro, João Teixeira, João Mendes (Nelson Monte, 85), Benny (Jô Batista, 67), Euller e Juninho (Sandro Cruz, 81).

(Suplentes: Gonçalo Pinto, Nelson Monte, João Queirós, Guilherme Silva, Sandro Cruz e Jô Batista).

Treinador: Vítor Campelos.

Árbitro: Bruno Costa (Associação de Futebol de Viana do Castelo).

Ação disciplinar: cartão amarelo para João Pedro (29), Steven Vitória (41), Bruno Langa (47), Samu (60), Alex Méndez (64) e Claudemir (77).

Assistência: 2.909 espetadores.



COMENTÁRIO: Vizela ‘cresce’ na última meia hora, mas sem quebrar nulo com Chaves

O Vizela e o Desportivo de Chaves empataram hoje 0-0, num jogo equilibrado, com ocasiões repartidas nos primeiros 60 minutos e supremacia minhota na última meia hora, referente à 20.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol.

A equipa anfitriã criou duas ocasiões claras para inaugurar o marcador nos derradeiros 30 minutos do encontro, depois de uma primeira hora nivelada, com escassas, mas flagrantes, ocasiões de golo para as duas equipas.

Depois do primeiro 0-0 no Estádio Futebol Clube de Vizela desde que os minhotos regressaram ao escalão principal, na época 2021/22, a equipa treinada por Tulipa ocupa o 10.º lugar do campeonato, com 25 pontos, e os flavienses o oitavo, com 26.

Minhotos e transmontanos repartiram oportunidades ao longo de uma primeira parte em que se mostraram dispostos a ter bola, embora de forma diferente: enquanto os vizelenses se tentavam instalar no meio-campo adversário, recuperando a bola na pressão aos defesas, os flavienses trocavam a bola quando a ganhavam, mas em progressão e em velocidade, à espreita de aproveitar o adiantamento vizelense.

Osmajic ‘sacudiu’ a indefinição dos primeiros minutos com um remate de ângulo reduzido para defesa a dois tempos de Paulo Vítor, aos 15, mas o Desportivo de Chaves respondeu por Euller, num ‘disparo’ de fora da área ao lado, no minuto 19, e por João Teixeira, num remate ‘enroscado’ em posição frontal à baliza, para defesa de Buntic, aos 22.

Ainda que incapazes de se libertarem das ‘amarras’ impostas uma à outra, as equipas voltaram a ser perigosas, registando-se uma ocasião flagrante para cada lado até ao intervalo: Raphael Guzzo, do Vizela, isolou-se após ganhar a bola a Benny no meio-campo, mas rematou para defesa de Paulo Vítor, ao minuto 36, enquanto Steven Vitória, do Chaves, acertou na trave, aos 40.

A arrancada do transmontano Bruno Langa pela esquerda, a preceder um desvio para fora de Juninho, no primeiro minuto da segunda parte, foi ‘sinal’ para um quarto de hora partido, com ambas as equipas a desperdiçarem espaço para os ataques fruto de erros nas decisões tomadas.

Após essa fase com alguma ‘vertigem’ no jogo, o Vizela ganhou aos poucos os vários duelos a meio-campo, lançou sucessivos ataques e instalou-se no meio-campo flaviense até ao apito final, embora sem desfazer o ‘nulo’.

A equipa treinada por Tulipa procurou alvejar a baliza de Paulo Vítor na sequência de cruzamentos para a área ou em combinações rápidas, ao primeiro toque, pelas alas para encontrarem algum jogador em posição de fazer golo, tendo criado duas ocasiões flagrantes para marcar.

Na sequência de um canto da direita, Bruno Wilson rematou ao lado na pequena área, desaproveitando um corte defeituoso de Ponck, aos 68 minutos, enquanto Matías Lacava viu Paulo Vítor negar-lho o golo, aos 82, após um ataque desenhado ao primeiro toque da esquerda para a direita.


I Liga / Vizela – Desportivo de Chaves (Declarações)

 Declarações após o Vizela–Desportivo de Chaves (0-0), jogo da 20.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputado no Estádio do Futebol Clube de Vizela:

Tulipa (treinador do Vizela):

“Sabe-me a pouco [o empate]. Tínhamos algumas prioridades para este jogo e não foram aplicadas, por mérito do adversário, porque a nossa primeira parte não foi boa. Pensava ganhar, mas, da forma como o jogo decorreu, o resultado ajusta-se ao que se passou. Cada uma das equipas se superiorizou em cada uma das partes.

[Na primeira parte] deixámos que jogadores vitais, de grande importância no Desportivo de Chaves, tivessem espaço para encontrar os jogadores mais adiantados. Se não apertássemos o portador da bola logo numa fase inicial e as linhas de pressão não andassem juntas, iríamos ter dificuldades. Foi o que aconteceu. Houve mérito do adversário e demérito nosso.

Percebemos que não fizemos isso bem e corrigimos. Os ajustes posicionais [na segunda parte] levaram a que a nossa equipa melhorasse e ganhasse uma energia diferente. Acabámos por cima um jogo que teve demasiadas faltas [30] para o jogo que foi.

Pela experiência que tenho de jogador, pareceu-me [que o Guzzo] sofreu uma lesão muscular. E acabou por não ser feliz na conclusão daquele lance [isolado]. Acreditamos muito no nosso posto médico. Vamos fazer um esforço para o recuperar. Pode ser uma perda significativa. Não mexemos muito no plantel [durante o mercado de transferências], porque acreditamos muito na estrutura que temos. Pode ser nestes momentos que aparecem as oportunidades para os nossos outros jogadores”.

Vítor Campelos (treinador do Desportivo de Chaves):

“(Foi um empate com sabor a vitória?) Foi um empate com sabor a empate. Foi um jogo equilibrado. É a terceira vez que defrontamos o Vizela neste ano e as equipas equivalem-se muito, até na forma de jogar. Tínhamos de entrar fortes e de marcar uma posição desde o início. Na primeira parte, estivemos mais por cima e poderíamos ter marcado. Também houve um lance em que um jogador do Vizela [Raphael Guzzo] se isolou, com o Paulo Vítor a fazer uma grande defesa.

Na segunda parte, o jogo começou com uma toada equilibrada, antes de o Vizela assumir o controlo do jogo. Fomos sempre uma equipa organizada. Tínhamos 10 baixas para este jogo: oito lesionados e dois castigados. Não tínhamos médios no banco. Obrigámos o João Pedro a um desgaste adicional. Estamos a falar de alguém que não jogava regularmente desde o final da época passada. Tivemos de adaptar o Sandro Cruz a ala esquerdo.

Desde o nosso primeiro dia de treino, trabalhamos a nossa forma de jogar e como nos dispomos no campo [após questionado sobre os jogadores indisponíveis e a ausência do lateral Bruno Langa, por castigo, para o jogo da próxima jornada, com o Sporting]. Cada jogador sabe o que tem de fazer. Cada jogador pode, em certos momentos da época, fazer outra posição. O mais importante é a atitude, a determinação e a vontade que os jogadores colocam dentro do campo.

Temos de ter sempre os pés assentes na terra. Enquanto não tivermos os pontos que garantam a consolidação do [Desportivo de] Chaves na I Liga, termos de trabalhar. É certo que, nesta altura, ter 26 pontos dá-nos alguma estabilidade, mas temos de estar sempre alerta, porque o futebol é o momento”.



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