A apresentação de falsos contratos de trabalho por parte de clubes desportivos não é, segundo o investigador do SEF, um fenómeno isolado.

Elementos do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) está a efetuar buscas nas instalações do Grupo Desportivo de Chaves (GDC) por suspeitas de auxílio à imigração ilegal, falsificação de documentos e tráfico de menores.

«Desde o meio da tarde que está nas nossas instalações uma equipa do SEF a verificar se existem jogadores estrangeiros em situação irregular, mas não sei que diligências estão a realizar em concreto», disse à agência Lusa o presidente da Comissão Administrativa do clube, Bruno Carvalho.

O dirigente diz-se surpreendido pela investigação, que remonta ao ano de 2009, e garante que partiu de uma denúncia anónima a um diretor e investidor do clube da II Divisão Nacional de futebol.

Bruno Carvalho assegurou que, depois de concluída a investigação, os sócios terão conhecimento das conclusões.
Um dos inspetores do SEF confirmou à Lusa a suspeita de três crimes relativos a «três ou quatro» jogadores estrangeiros.

«O clube trazia jogadores menores para jogar na formação e só regularizavam a sua situação aos 18 anos. Posteriormente, vendia-os», explicou.

O investigador realçou que um dos diretores já foi constituído arguido e que a sua casa e empresa também foram alvo de buscas.

A apresentação de falsos contratos de trabalho por parte de clubes desportivos não é, segundo o investigador do SEF, um fenómeno isolado.



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