O concelho de Torre de Moncorvo poderá vir a obter receitas de um milhão de euros anuais, provenientes da produção de energias renováveis.

O rendimento vai ajudar a pagar o plano de reequilíbrio financeiro da Autarquia.

Actualmente, a Câmara já recebe cerca de 400 mil euros por ano de rendas relativas aos terrenos inundados pelas barragens da Valeira e Pocinho, no rio Douro. Poderá lucrar outro tanto, caso o parque eólico que começa a formar-se na serra do Reboredo venha a ter, até 2011, uma capacidade de produção energética instalada de 50 megawatt. Por enquanto, a Autarquia já assinou acordos com quatro empresas interessadas em explorar os ventos naquele monte.

O edil, Aires Ferreira, adianta que ainda não tem números sobre os benefícios financeiros que hão-de provir da barragem do Baixo Sabor, que entrará em funcionamento em 2014. No entanto, já perspectiva que nesse ano \"o Município poderá ter um milhão de euros de receitas provenientes da produção de energia hidráulica e eólica\".

Nesse mesmo ano, deverá ficar concluída a liquidação do contrato de saneamento financeiro da Câmara assinado em 1994. Portanto, \"o rendimento da energia dá para pagar a dívida e ainda sobra\", sendo que, a partir de 2014, a edilidade ficará mais desafogada financeiramente.

No processo de povoamento de aerogeradores na serra do Reboredo, a Câmara de Moncorvo mantém que \"não será por falta de terrenos que as empresas não se instalarão\".

Mas, em contrapartida, exige, para além dos proveitos financeiros já referidos, a instalação de um \"pólo de competitividade em energias renováveis\".

Tal estrutura poderá garantir o desenvolvimento de equipamentos ligados à produção deste tipo de energia, bem como a tão desejada criação de postos de trabalho.



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