“O lançamento da marca no mercado português é um movimento ambicioso que visa desenvolver a categoria de cogumelos frescos em Portugal”, afirma Nuno Pereira, CEO da CUGA. A nova marca culmina um processo de desenvolvimento baseado na segmentação da oferta, com apresentação inovadora de um produto selecionado com rigor. Dez referências são distribuídas por quatro segmentos que deverão alcançar três milhões de euros no seu primeiro ano.

Ao longo do mês de maio irão chegar aos supermercados portugueses a nova marca de cogumelos produzida em Portugal – CUGA. Cláudia Ferra, diretora comercial da CUGA, acredita que a marca que vai estar nas prateleiras da grande distribuição contribuirá para elevar a faturação da empresa, a qual em 2024 se cifrou em cerca de 21 milhões de euros e deverá alcançar os 24 milhões em 2026.

Depois de muitos anos a fornecer cogumelos frescos às principais cadeias da grande distribuição para as suas marcas próprias, a CUGA (antiga Varandas do Sousa) detém cerca de 80% da produção de cogumelos frescos em Portugal. Com o lançamento da CUGA, fará chegar ao mercado português uma gama cuidadosamente selecionada e embalada, assegurando um produto de elevada qualidade pela frescura, calibragem e cuidado na apresentação.

A gama CUGA apresenta quatro segmentos: “Clássicos”; “Fusão”; Únicos” e “Sazonais”. No segmento “Clássicos” destacam-se os cogumelos “baby” nas versões branco e marron, apresentados em inovadoras embalagens que permitem usar e, depois, conservar no frigorífico o produto não utilizado em perfeitas condições até à próxima utilização. Este segmento é complementado por cogumelos brancos e marron apresentados em diferentes combinações.

No segmento “Fusão” – estão disponíveis um mix para grelhar, um mix “oriental” para o wok e um mix “baby” ideal para risotto. Na gama de cogumelos “Únicos”, os consumidores vão ter uma seleção para rechear ou saltear. Quanto aos “Sazonais”, a CUGA irá apostar nos períodos de maior consumo e apresentar ao mercado combinações de diferentes cogumelos em pequenos cabazes, com as espécies que acompanham melhor os pratos das alturas festivas. Está previsto um desses cabazes para o Natal de 2025 (ver Catálogo de novos cogumelos em anexo).

“Estamos muito confiantes numa boa recetividade do consumidor pela qualidade do produto, pela sua frescura e cuidadosa apresentação em embalagens muito apelativas” afirma Claúdia Ferra, responsável de produto da CUGA. “As equipas nas várias unidades da CUGA estão muito empenhadas em assegurar que todo o processo, desde a colheita até ao embalamento, vai diferenciar a nova marca e fomentar a compra”, acrescenta a diretora comercial. “Todas as embalagens terão um código QR com a descrição do tipo de cogumelos em causa e uma sugestão de receita para a sua confeção, graças às 14 receitas desenvolvidas pela chef Lígia Santos”.

Colocar o consumo “per capita” na média europeia

CEO da CUGA desde o final de 2023, Nuno Pereira considera que este lançamento vai reforçar o papel da empresa no desenvolvimento da categoria em colaboração com os seus clientes: “A empresa vai passar a exercer um papel mais ativo para alavancar o consumo de cogumelos frescos, atuando nos eixos de inovação, comunicação e ativação, estimulando o consumo e inspirando os consumidores nas diversas formas de preparação culinária”, afirma Nuno Pereira. “Com produção em Trás-os-Montes, temos orgulho na oferta de um produto de elevada qualidade, rico nutricionalmente e tão apreciado por quem procura ter uma alimentação mais saudável”.

O CEO da GUGA afirma que a empresa quer aproveitar este lançamento como uma oportunidade para aproximar da média europeia o consumo “per capita” português de cogumelos frescos, que ronda um quilo por ano. Em Espanha e nos Países Baixos o consumo é de três quilos por ano “per capita”, na Irlanda chega quase aos sete quilos. Na Itália e em França é de 2,5 quilos anuais por pessoa.

Com a dinamização da categoria que as novas referências irão provocar, a CUGA prevê aumentar as vendas até ao final de 2026, saltando da produção de 4,5 mil toneladas em 2024 para 6,5 mil toneladas no final do próximo ano. Além do investimento na nova marca, a CUGA está a aplicar desde o ano passado três milhões de euros na requalificação das suas linhas de produção e na refrigeração de todas as etapas dos produtos, garantindo, assim, a integridade da cadeia de frio e a qualidade e frescura dos seus cogumelos: uma hora depois de colhidos, todos os cogumelos estarão já arrefecidos e irão manter essa mesma temperatura até serem disponibilizados nas prateleiras dos supermercados.

Inovação e colaboração com universidades

Ao mesmo tempo que requalificava as suas instalações e renovava equipamentos, a empresa lançou também nas suas unidades em Vila Flor, em Vila Real e em Paredes incentivos à produtividade dos trabalhadores, os quais estão a permitir acréscimos aos vencimentos bases de muitos colaboradores que atingem valores entre os 700 e os 1.000 euros mensais. A adesão às novas modalidades de remuneração “tem sido muito positiva”, afirma Luísa Boaventura, responsável pelos recursos humanos da CUGA.

Além da segmentação dos produtos, a inovação tem sido igualmente um eixo estratégico fundamental da CUGA para chegar a mais consumidores e aumentar a frequência da compra de cogumelos e de produtos deles derivados. O Departamento de Química da Universidade Aveiro está a estudar com a CUGA a transformação de subprodutos dos cogumelos num suplemento alimentar que diminua o risco de doenças cardiovasculares.

Também o Instituto Politécnico de Bragança (IPB) está a aperfeiçoar com a CUGA os cogumelos produzidos pela empresa em Trás-os-Montes, colaborando, quer na investigação e na produção de conhecimento sobre este alimento, quer na formação profissional de estudantes e ex-alunos da instituição. A CUGA proporciona estágios curriculares e profissionais ao Politécnico de Bragança, enquanto o IPB mobiliza os seus investigadores e laboratórios para projetos científicos que envolvam a produção ou a utilização de cogumelos.

A UTAD – Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e a CUGA estão igualmente a colaborar em projetos de investigação para aumentarem a qualidade dos cogumelos e para tornarem as condições da sua produção mais eficientes. A produtora de cogumelos proporciona estágios curriculares e profissionais aos alunos da UTAD, nomeadamente na sua unidade de Vila Real, enquanto a universidade está a preparar projetos de investigação para os diversos ciclos de estudos – licenciaturas, mestrados e doutoramentos – com o objetivo de melhorar os cogumelos produzidos em Trás-os-Montes e de tornar as condições da sua produção mais eficientes.

“As referências da nova marca que estão a chegar aos supermercados são muito mais do que uma operação comercial: é apenas a primeira expressão de uma manobra mais vasta que melhora a qualidade dos cogumelos, promove a categoria para as cadeias de supermercados e aumenta a informação sobre a utilização dos produtos junto dos consumidores”, conclui Nuno Pereira. Para o CEO da CUGA, “ao tornar os cogumelos frescos mais acessíveis aos portugueses em todo o país, iremos começar a colocar a sua presença na dieta e na gastronomia nacionais ao nível da Espanha e dos países do centro e do norte da Europa”.

A CUGA é um “upgrade” do investimento que a sociedade gestora CoRe Capital fez em 2020 na empresa, através do seu primeiro fundo, o CoRe Restart. Este fundo criado pela sociedade de Nuno Fernandes Thomaz, Martim Avillez Figueiredo e Pedro Araújo e Sá foi desenhado para recuperar empresas históricas, com peso relevante nas economias locais do interior do país e colaboradores com boas competências nos respetivos setores.




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