Pelo menos até Março do próximo ano, o espelho de água do rio Tua, uma das referências turísticas da cidade de Mirandela, vai estar vazio, ou pelo menos com o caudal mais baixo. A situação deve-se ao início dos trabalhos de construção de uma mini-hídrica, efectuados pela EGEVE, uma empresa privada, num investimento que ronda os dois milhões de euros.

Este é um processo que se arrastava desde 1998, mas que só agora pode avançar, após obter todos os licenciamentos exigidos, e com o aval do executivo da Câmara e da Assembleia Municipal, para desafectar o terreno.

Apesar de este projecto estar licenciado pela Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN), pelo prazo de dois anos, a empresa pretende antecipar a sua execução e, caso as condições climatéricas o permitam, \"a obra deve ficar pronta dentro de cinco meses\", revela Joaquim Lameiro, da empresa EGEVE.

Actualmente, estão a ser feitas escavações para a colocação de turbinas e trabalhos preparatórios para um canal por onde vai entrar a água e outro por onde sai, existindo entre eles duas turbinas que vão produzir a energia eléctrica.

Segundo António Branco, vice- -presidente da Câmara de Mirandela, a Autarquia já tinha decidido em 1999 a atribuição da licença para utilização da água, mas \"salvaguardou as condições de exploração, não existindo, por isso, qualquer condicionante quanto à utilização do espelho de água em todas as actividades náuticas.\"

Para além disso, acrescenta o vice-presidente, a própria Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional do Norte \"emitiu um documento em que estão descritas as incidências ambientais\". A Autarquia negociou com a empresa o valor da concessão, fixado em 2,5% da facturação mensal.



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