Chaves vai receber entre 18 e 19 de junho uma “grande conferência” sobre a valorização da água na Europa, no âmbito da presidência portuguesa do Conselho da União Europeia, anunciou hoje o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

O objetivo desta conferência é trazer especialistas e representantes das principais termas europeias a Portugal, explicou Manuel Heitor, que falava na inauguração do Centro de Valorização e Transferência de Tecnologia (CCTT) e Laboratório Colaborativo (CoLab) especializado na temática da água, AquaValor, em Chaves, no distrito de Vila Real.

Mais concretamente, acrescentou, para verem o trabalho que se faz em Chaves, cidade termal, assim como dar a conhecer os produtos do Alto Tâmega - que engloba os concelhos de Boticas, Chaves, Montalegre, Ribeira de Pena, Vila Pouca de Aguiar e Valpaços.

“Têm de saber que os produtos do Alto Tâmega são particularmente importantes para usarem nas termas deles”, afirmou.

O AquaValor, que conta já com uma equipa de 14 investigadores, tem como agenda de investigação e inovação o foco em seis áreas: Tecnologias da Informação e Comunicação; Saúde – Hidrogenoma da água mineral natural; Saúde – Bioensaios e bioatividades da água mineral natural; Cosmética; Alimentos e bebidas e Turismo.

Segundo Manuel Heitor, enquanto os produtos do AquaValor não estiverem a ser usados nas termas de Vichy (França) ou da Suíça o país não pode descansar.

“Não devemos descansar e devemos trabalhar todos os dias para que isso aconteça”, vincou.

O governante assumiu querer fazer do AquaValor um “grande projeto europeu”, daí a importância da conferência de junho.

A Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) atribuiu em março o título de Laboratório Colaborativo (CoLAB) especializado na área temática da água ao AquaValor, um Centro de Valorização e Transferência de Tecnologia (CCTT) fundado em 2018 pela Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Tâmega e o Instituto Politécnico de Bragança.

Além de se centrar sobre a água, em territórios onde se destacam as águas termais de Chaves, a água mineral e gasificada de Carvalhelhos (Boticas), Vidago (Chaves) ou Pedras Salgadas (Vila Pouca de Aguiar), ou os rios e barragens, o AquaValor está a trabalhar ainda sobre os recursos endógenos da região, como o fruto seco, vinho, azeite, enchidos ou cabrito.

O AquaValor junta no total 26 associados, como organizações e empresas da região, nacionais e internacionais, e tem atualmente uma carteira de projetos que representa “um valor angariado superior a quatro milhões de euros, e aguarda ainda resposta a três outras candidaturas”.



PARTILHAR:

Mogadouro apoia natalidade e adoção de crianças com valores até dois mil euros

Governo desafia AquaValor a criar escola da água no Alto Tâmega