Francisco Tavares, candidato da coligação PSD/CDS-PP à Câmara de Chaves nas eleições autárquicas, disse hoje à Lusa que pretende “uma melhor gestão dos fundos e dinheiros municipais” e “combater assimetrias” do concelho.

“Esta candidatura tem como objetivo fazer uma melhor gestão dos fundos e dinheiros municipais e combater assimetrias que existem no concelho, quer enquanto região do interior que por vezes é esquecida pelo poder central, quer no próprio concelho onde há zonas onde há investimento significativo e há zonas desprezadas”, apontou o candidato à autarquia de Chaves, no distrito de Vila Real, pela coligação PSD/CDS-PP ‘Chaves Primeiro’.

O antigo presidente da Câmara de Valpaços, também do distrito de Vila Real, entre 1985 e 2013, deu como exemplos de assimetrias no concelho de Chaves “aldeias sem saneamento básico” ou “água suficiente, nomeadamente no período de verão”.

“Temos que ter uma aposta no desenvolvimento de todo o concelho”, sublinhou.

Francisco Tavares defendeu ainda a necessidade de “uma gestão equilibrada dos dinheiros públicos municipais que possam favorecer todo o concelho no desenvolvimento harmonioso que favoreça os cidadãos”.

O candidato pela coligação PSD/CDS-PP referiu que a autarquia de Chaves tem “recebido muitos dinheiros públicos” como através da empresa intermunicipal Empreendimentos Hidroeléctricos do Alto Tâmega e Barroso (EHTB) ou da empresa Iberdrola, responsável pelo Sistema Eletroprodutor do Tâmega (SET), que envolve a construção de três barragens.

“[A Câmara] Tem recebido recursos muito significativos, como da EHTB, onde tenho consultado as contas e são muitos milhões de euros que entram no município, quer através da Iberdrola, ou através de fundos comunitários em que a comparticipação camarária é muito reduzida comparada com há uns anos”, frisou.

“Há muito dinheiro e esses dinheiros tinham de ser aplicados de forma diferente. Se fosse através da minha gestão seria de forma diferente, em investimentos palpáveis, que se vissem no concelho e que criassem melhores condições de vida aos munícipes”, acrescentou.

A coligação PSD/CDS-PP, intitulada ‘Chaves Primeiro’, foi apresentada na segunda-feira, depois de, em 12 de março, o PSD ter anunciado Francisco Tavares como o candidato à Câmara de Chaves, liderada pelo socialista Nuno Vaz desde 2017.

Francisco Batista Tavares, de 65 anos, engenheiro civil e licenciado em Direito, foi presidente da Câmara de Valpaços entre 1985 e 2013. Natural de Ferreiros, freguesia de Lebução, concelho de Valpaços, Francisco Tavares tem raízes em Chaves.

O agora candidato à Câmara de Chaves foi eleito deputado na Assembleia da República na VIII legislatura [entre 1999 e 2002].

Em 2013, impedido pela lei de se recandidatar ao cargo de presidente da Câmara (devido à legislação de limitação de mandatos a três seguidos), foi presidente da Assembleia Municipal de Valpaços.

Após ter terminado o mandato como autarca em Valpaços em 2013, Francisco Tavares ingressou ainda no mesmo ano na Faculdade de Direito, onde conclui a licenciatura de Direito, estando a aguardar o exame de Agregação à Ordem dos Advogados.

Francisco Tavares destacou o seu conhecimento da gestão municipal após 28 anos a liderar a autarquia de Valpaços e garantiu estar “preparado tecnicamente e politicamente para assumir um desafio desta natureza”.

“Tive sempre ao longo da minha vida interesse por servir a causa pública. Fui desafiado para este projeto, estou empenhado em levar avante e tenho recebido muito apoio de pessoas anónimas que se aproximam de mim e me dão os parabéns por ter aceitado este desafio”, concluiu.

Este ano, as autárquicas ainda não têm data, mas, segundo a lei, ocorrem entre setembro e outubro.



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