A Câmara de Chaves está a realizar abastecimentos de água regulares à aldeia de Escariz, através dos bombeiros, depois de a captação local ter sido considerada imprópria para consumo, e procura uma solução alternativa para o problema.

O presidente da Câmara de Chaves, Nuno Vaz, disse hoje à agência Lusa que análises realizadas à água da captação autónoma que abastecia a aldeia de Escariz, onde residem cerca de 20 pessoas, concluíram que esta estava imprópria para consumo.

O problema, que se arrasta há mais de um mês, está relacionado com o excesso de arsénio detetado na água.

Em sequência, esta captação foi fechada e, segundo o autarca, os bombeiros estão a proceder ao abastecimento de água à população de dois em dois dias. Hoje foi realizado um desses abastecimentos.

"E estamos tentar a procurar uma solução alternativa para fazer uma nova captação de água para resolver este problema em definitivo", salientou.

Devido às fugas existentes no reservatório, o município vai ainda proceder à sua substituição com urgência.

Nuno Vaz disse esperar que o problema nesta aldeia esteja resolvido definitivamente dentro de "dois meses" e referiu que a população local, neste momento, não está a pagar os consumos de água.

Esta é a segunda situação relacionada com o abastecimento que o atual executivo tem que resolver desde que foi eleito em outubro.

Em fevereiro, Nuno Vaz anunciou uma resolução "em tempo recorde" e "definitiva" do problema de água que afetava três aldeias, que se arrastava desde 2011, e onde o abastecimento pelo rio Tâmega foi suspenso e substituído pela barragem dos Pisões.

As aldeias afetadas eram Vilarelho da Raia, Vilarinho da Raia e Vila Meã.

Para resolver o problema, o abastecimento a estas aldeias, as únicas do concelho que ainda eram abastecidas pelo Tâmega, passou a ser feito através da água transportada e tratada pela empresa Águas do Norte, a partir da barragem de Pisões, localizada no concelho vizinho de Montalegre.

Uma solução que, segundo Nuno Vaz, não pode ser replicada em Escariz porque é inviável "técnica e financeiramente", já que o ponto de ligação à rede pública "está muito distante".

Por isso mesmo, acrescentou, o município procura uma nova captação num ponto mais alto daquela localidade.
Foto: Fernando Ribeiro



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