Os vigilantes da natureza concentram-se, ontem, terça-feira, frente ao Ministério do Ambiente (Lisboa), para exigir ao Governo que clarifique as carreiras destes trabalhadores. Denunciam que, no Parque do Douro, não existem vigilantes.

Além das questões relativas ao vínculo, a carreira e às remunerações, os trabalhadores denunciam a degradação das condições de trabalho e a falta de meios técnicos e humanos. Segundo Paulo Trindade, dirigente da Federação Nacional de Sindicatos da Função Pública, para toda a área do Parque Tejo Internacional , \"existe actualmente apenas um vigilante\" e no Parque Natural do Douro Internacional \"não existe qualquer vigilante\".

O dirigente sindical lembrou que os \"cerca de cem vigilantes\" do Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB) têm a seu cargo a vigilância de todos os parques naturais e áreas protegidas do país e que estas situações, em altura de incêndios, \"podem ter repercussões na protecção da flora e fauna e na fiscalização de fogos florestais\".

\"O Governo fez uma lei que dizia que, até Setembro de 2008, apresentaria às organizações sindicais as propostas para resolver este tipo de carreiras e, portanto, quem anda a brincar com os trabalhadores é o Governo, que faz lei e não a cumpre\", acusou.

Desde Janeiro que vigilantes e representantes sindicais solicitam uma audiência com o ministro do Ambiente, mas sem sucesso. Sendo que \"desempenham funções policiais e, inclusive, podem fazer detenções\", os vigilantes reivindicam \"que mantenham o vínculo de nomeação\". \"Por outro lado, têm funções muito específicas e definidas, que não são enquadráveis em carreiras de regime geral\", pelo que devem manter uma carreira específica\", acrescentou Paulo Trindade.



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